A casa da praia

Sinopse:

Advogado em Boston, Eli Landon acabou de passar por um ano intenso. Após ser inocentado pelo assassinato de Lindsey, sua ex-mulher, ele se muda para a casa desocupada de sua avó em Whiskey Beach: Bluff House, um casarão que há mais de trezentos anos atua como guardião inabalável do litoral... e de seus segredos. Tudo o que Eli deseja é um pouco de paz e tranquilidade para trabalhar em seu romance. Mas, quando chega em Bluff House, ele descobre que sua avó incumbira a casa e Eli aos cuidados da jovem vizinha, Abra Walsh. Eli acredita ser capaz de cuidar de si mesmo, mas, conforme se vê gradualmente cedendo às palavras amáveis e refeições apetitosas de Abra, os dois passam a se ver presos em um emaranhado que se estende por séculos e que tem seduzido aquele cujo maior desejo é destruir a vida de Eli de uma vez por todas.


O que eu achei:

O início é bem melancólico, as paisagens são lindas, há sim um excesso de descrição, mas de modo geral A casa da praia é ok (a depender da sua expectativa). Queria ter gostado mais do livro, mas achei a história monótona, não me prendeu tanto. O mistério é a parte mais interessante, o casal é um tédio, os vilões não me convenceram muito, e tudo bem, nem estava tão envolvida assim. Preciso dizer que uma coisa que me incomoda nas histórias de suspense da Nora é que de novo ninguém pensa em usar câmeras de segurança. Poxa, a Bluff House era invadida por um assassino uma vez após a outra e temos que simplesmente ignorar esse recurso óbvio, assim como em Um sinal dos céus e As Calhoun. O Eli é um cara muito passivo e sem reação, simplesmente não parecia um advogado criminalista ou um escritor de suspense, não especulava nada e só ficava de braços cruzados vendo a vida passar, é preciso alguém sacudi-lo e dizer o óbvio: ''Como muita gente, Lindsay devia ter inimigos. Ou, pelo menos, devia haver pessoas que lhe guardavam mágoas ou ressentimentos.''. Não brinca, rs. É a Abra quem o incentiva a se mexer, a comer, a sair de casa, a investigar, a tudo, na verdade. E falando na mocinha, tem algo estranho na Abra, nem sei como explicar, achei que a personagem não parecia uma pessoa de verdade. Quem é sempre tão feliz assim? Tão atenciosa, tão empolgada, tão sábia, e sempre com tempo pra cozinhar e fazer tantas tarefas e ter tantos trabalhos ao mesmo tempo... uma pessoa real, no mínimo, terminaria o dia cansadona e estressada, mas não a incansável e felizona Abra. Depois de saber pelo que ela passou (muito pesado), fiquei achando a personagem ainda mais fora da realidade. Enfim, pra mim o romance é o ponto fraco de A casa da praia, é tudo tão apático e sem emoção, pulei as cenas de amor do casal porque não estava interessada neles, mas ainda queria saber quem estava por trás dos crimes. Abra e Eli simplesmente não tinham faísca, não aceleravam meu coração. E o romance é a parte mais doce e importante pra mim, como sempre.

Postar um comentário

0 Comentários