★★
Segundas primeiras impressões
Sinopse:
Uma vaga de emprego foi anunciada (de novo!) pelas ricas e excêntricas irmãs Parloni: "Duas senhoras idosas, moradoras do Condomínio para Idosos Providence, buscam um assistente do sexo masculino para eventual exploração e humilhação sadia. Deveres incluem compras em butiques, buscar fast-food e fazer elogios sinceros." O salário é generoso e as empregadoras têm noventa anos, então não deve ser nada tão difícil assim, certo? Bem, ninguém durou mais de uma semana na vaga. E a maioria dos rapazes foi embora chorando. Ruthie Midona conhece as irmãs Parloni como ninguém, já que trabalha no Providence há seis anos cuidando dos residentes, administrando a propriedade (com a ajuda de tutoriais no YouTube) e protegendo as tartarugas em extinção que habitam os jardins do condomínio. Se ela conseguir tomar conta do lugar durante a ausência de sua chefe à beira da aposentadoria, sem pisadas na bola ou grandes complicações, Ruthie pode se tornar a nova gerente. Esse é basicamente seu plano de vida e, depois de tudo isso, quem sabe ela possa encontrar um cara legal. Tudo o que precisa fazer é se manter séria – e isso é o que ela faz de melhor. Até que, um dia, alguém deslumbrante aparece. Teddy Prescott passou os últimos anos frequentando festas, dormindo até tarde, se tatuando quando entediado e, no geral, evitando responsabilidades – algo que seu pai, o incorporador imobiliário que acaba de adquirir o Providence, não consegue entender. Quando Teddy precisa de um lugar para ficar, seu pai aproveita a chance para estimular o crescimento do filho: Teddy pode ficar em um dos chalés do Providence, desde que trabalhe. Ruthie sabe exatamente como esse menino rico, doce e egoísta pode garantir a estada dele – e ao mesmo tempo se ver livre de sua presença em menos de uma semana, afinal, há uma vaga de emprego no condomínio. Mas Teddy está disposto a surpreendê-la – não apenas sobrevivendo às travessuras das Parloni como mostrando a Ruthie que há mais na vida além de trabalho… Será que Teddy pode ser mais do que simplesmente uma bela e indesejada distração?
O que eu achei:
Primeiras impressões: um livro mediano, com elementos bons e nem tão bons assim... a história caminha a passos de tartaruga, então tive um pouco de preguiça pra concluir. Acho que só vim me envolver da metade em diante. A escrita é meio confusa e cheguei a pensar que tinha algo de errado com meu exemplar, aí lembrei que rolou algo parecido quando li O Jogo do amor/ódio, mais uma vez eu não consegui entender algumas cenas e quem falava o quê nos diálogos. Aqui temos a história da garota certinha e do bad boy desajustado. Ruthie é a gerente/faz-tudo de um asilo chique, cresceu numa família chata e conservadora, ela é o que podemos chamar de boa samaritana, um poço de virtudes, que irrita numas partes por ser tão sem atitude e amor-próprio. Fiquei esperando o momento em que a Ruthie se encheria de coragem e jogaria tudo pro alto, que enfrentaria seus pais, que iria fazer o que realmente queria (estudar veterinária)... só fiquei esperando mesmo, pois essa mocinha é uma mosca morta. O Teddy, por outro lado, tem várias camadas, embora seja um meninão para a idade que tem. Motoqueiro, tatuador, filho do chefe, falido... a princípio você acha que ele vai ser apenas mais um encrenqueiro transformado pelo amor, mas surpreendentemente ele segue numa vibe diferente, estava mais para gatinho carinhoso e perdido querendo colo. Achei os dois fofinhos juntos, um casal que até me agradou. Agora falando dos personagens secundários, a Mel é uma amiga bem chatinha, a família do Teddy é um saco e as velhinhas Parloni, exageradas demais. Sei que a intenção da autora era fazer as velhinhas excêntricas serem engraçadas, sobretudo a Renata, mas putz... eu não conseguiria conviver com alguém assim, que parecia sentir imenso prazer em humilhar as pessoas só porque era rica e idosa e todos tinham que fazer suas vontades. No final, há uma reconciliação familiar forçadinha, o pai resolve apoiar o filho, a irmã nojentinha abraça seu irmão e tudo se resolve magicamente na família do Teddy (faltou a da Ruthie). Segundas impressões: não julgue um livro pela capa, mudanças são necessárias, águas calmas são profundas, nunca é tarde para ir ao baile, carpe diem.
Não diga não à vida que te espera, pra festejar a alegria de viver, pra agradecer a luz do seu caminho e você vai com isso entender... Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda, amanhã velho será, velho será, velho será, a menos que o coração, que o coração sustente a juventude que nunca morrerá. Existem jovens de 80 e tantos anos e também velhos de apenas 26, porque velhice não significa nada e a juventude volta sempre outra vez. [Chavinho S2]
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