– Como pôde me pedir para deixa-lo lá, ferido e sozinho? Indagou Annabelle.
– Você deveria ter feito o que eu disse.
– É de se esperar que a mulher ajude o seu marido.
– Você não estava me ajudando – retrucou Simon irritado. – Estava me causando agonia, Annabele. Por que não me obedeceu?
– Porque amo você. Eu percebi uma coisa – disse ela com a voz embargada – quando estava do lado de fora da fundição, vendo-a queimar e sabendo que você se encontrava lá dentro. – Ela engoliu em seco, sentindo a garganta espessa. – Preferia morrer nos seus braços, Simon, a enfrentar uma vida inteira sem você. Todos aqueles intermináveis anos... Todos aqueles invernos, verões... Uma centena de estações querendo e nunca tendo você. Envelhecer, enquanto você teria ficado eternamente jovem nas minhas memórias. – Ela mordeu o lábio e balançou a cabeça, enquanto os olhos se inundavam de lágrimas. – Eu estava errada quando lhe disse que não sabia o lugar a que pertencia. Eu sei. Meu lugar é ao seu lado, Simon, e nunca vou escutar quando me pedir para ir embora. – Ela deu um sorriso trêmulo. – Então, pode parar de reclamar e se conforme.
Sinopse:
1º volume da Série As quatro estações do amor
Esta é uma emocionante história de uma jovem que sai em busca de um marido, mas encontra amizades verdadeiras e desejos intensos que ela jamais poderia imaginar. Apesar de sua beleza e de seus modos encantadores, Annabelle Peyton nunca foi tirada para dançar nos eventos da sociedade londrina. Como qualquer moça de sua idade, ela mantém as esperanças de encontrar alguém, mas, sem um dote para oferecer e vendo a família em uma difícil situação financeira, amor é um luxo ao qual não pode se dar. Certa noite, em um dos bailes da temporada, conhece outras três moças também cansadas de ver o tempo passar sem ninguém para dividir sua vida. Juntas, as quatro dão início a um plano: usar todo o seu charme e sua astúcia feminina para encontrar um marido para cada uma, começando por Annabelle. No entanto, o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle, o rico empresário Simon Hunt, parece não ter despertado o interesse da moça – que está determinada a se casar com alguém aceitável socialmente. Apesar de decidida a rejeitar qualquer proposta que venha dele, Annabelle não consegue evitar se sentir cada vez mais atraída pelo charme do Sr. Hunt. Talvez Annabelle descubra que no que diz respeito ao amor, posição social não dita as regras do coração.
O que eu achei:
"É como um sol de verão queimando no peito, nasce um novo desejo em meu coração. É uma nova canção rolando no vento, sinto a magia do amor na palma da mão. É verão, bom sinal, já é tempo de abrir o coração e sonhar" (Canção de verão, Roupa Nova). Um romance bem escrito e bacana, mas já adianto que os outros volumes da série são muito melhores. Embora o ritmo seja um pouco lento no começo, fiquei entretida na maior parte da história. Eu gostei do Simon Hunt: um homem trabalhador, honrado, franco e muito sedutor... mas a mocinha da história foi difícil de gostar. Assim como Westcliff, fiquei com o pé atrás em relação à Annabelle, e pra mim ela foi a única protagonista chatinha dessa série, além de um tanto interesseira, esnobe e fútil. Se Anabelle fosse uma personagem do The sims, seu desejo duradouro com certeza seria 'golpista do baú', haha. Mesmo sem ter um tostão em seus bolsos remendados, Annabelle ainda se dava ao luxo de fazer (muito) doce diante da corte que lhe era oferecida e não perdia a oportunidade de esnobar o Simon por ele ser de uma classe social mais humilde. Eu sinceramente não entendi de onde Simon tirava tanta paciência para lidar com a superficialidade da jovem. E pra quê tanta insistência, afinal? Ok, ela era muito bela, um chuchuzinho, e tinha o lance da atração... mas beleza não se põe na mesa, né Simon? Só passei a gostar da Annabelle no finalzinho da trama, quando acontece o acidente na fábrica de locomotivas e ela se recusa a sair deixando o marido para trás (bem emocionante essa cena). Foi nessa circunstância que a Annabelle ganhou um pouco do meu respeito, demonstrando que amava o Simon. Só que mesmo assim ainda terminei com ranço da personagem, kk. À parte disso, a trama das flores secas consegue ser envolvente, pincelando um pouco da história das personagens (muitíssimo mais carismáticas) dos próximos livros. Acho que se tivesse gostado um pouco mais da protagonista, a leitura teria sido chuchu beleza. Enfim, casal ok, química boa, mas não são um dos meus casais prediletos da autora. Então essas 3 estrelas são mais pelas amigas e pelo Simon.
Au revoir, raios de sol.
Postar um comentário
0 Comentários