A soma de todos os beijos

Beijou-lhe os lábios com suavidade. Depois beijou o nariz e cada um dos olhos. Era óbvio que estava se apaixonando por ela, mas nunca fora homem de falar sobre seus sentimentos, e as palavras ficaram presas na garganta. Então a beijou uma última vez, verdadeira e profundamente, esperando que ela entendesse o que isso significava: que ele estava lhe oferecendo a própria alma. Seu, pensou. Sou seu. (...) Era amor que via nos olhos dele? Parecia ser, ainda que não fosse expresso em palavras.

Sinopse:

Livro III, Smythe-Smiths

Um brilhante matemático pode controlar tudo… A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade londrina. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida… Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo. Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.


O que eu achei:

Uma comédia romântica bacaninha, me diverti lendo, não é um livro estupendo, mas é simpático, e pra passar uma tarde na cama com um romance clichê está valendo a pena. Agora, apesar da história do casal ser alicerçada naquele velho clichê que amamos: 'mocinhos se odeiam até descobrirem que se amam', o diferencial (que incomoda aqui) é que o ódio da Sarah pelo Hugh é totalmente sem sentido, o que rendia discussões fúteis e cansativas entre eles. Gostei do Hugh, é um personagem interessante, mas admito que passei um tempo sem entender como ele poderia se apaixonar por uma mocinha tão cabeça de vento e dramática, kk. Sarah de fato era irritante e sem noção, tive dificuldade pra simpatizar com a personagem, só lá pela metade (quando passou a ter um pouco de bom senso) é que pude torcer pelo casal. No duelo, a maior vítima pra mim foi o Hugh, depois a mãe do Daniel e sua irmã que sofreram muito com tudo e então o próprio Daniel, que só ficou viajando pelo mundo até poder voltar, kk. No entanto, Sarah culpava o Hugh por tudo, se alguém ia embora de uma festa antes da hora (era porque o Hugh estava lá), se nenhum homem pedia a sua mão em casamento (culpa do Hugh). Quando esses dois são obrigados a permanecerem na companhia um do outro durante o casamento de Honoria e Marcus (protagonistas do primeiro livro da série) e depois de Daniel e Anne (protagonistas do segundo livro da série), acabam percebendo que podem ao menos tolerar a presença um do outro, e até mesmo conversar... Por causa das armações do pai de Hugh, os dois acabam se enrolando ainda mais e o que começa com muita antipatia se transforma num amor fofinho de acompanhar. Se não fosse aquele dramalhão exagerado no final, teria curtido ainda mais, ao invés de levar na seriedade o que estava acontecendo, só dava risadas, kk. O trato do Hugh de se matar caso o Daniel morresse era risível e muito besta também, enfim, se vocês não se importam que algumas coisas não façam o menor sentido, A soma de todos os beijos vai fluir, esse é claramente um romance pra rir e relaxar.

 – O amor é totalmente incompreensível. A aritmética é apenas misteriosa.
– Ou talvez seja o contrário. Vamos descobrir?

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