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Simplesmente o paraíso
Aos sete anos, Honoria atormentara tanto Marcus e o irmão, Daniel, que os dois começaram a chama-la de “mosquito”. Quando ela alegou receber aquilo como um elogio, que adorava o som exótico e perigoso do apelido, eles deram uma risadinha debochada e passaram a chamá-la de “carrapato”. E carrapato ela fora desde então...
Sinopse:
Livro I, Smythe-Smiths
Honoria Smythe-Smith sabe que para ser uma boa violinista, ainda precisa melhorar muito… Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths. Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista. Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão… Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo, Daniel Smythe-Smiths, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente). Será que o homem ideal para Honoria é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente? Com seu estilo inteligente e divertido, Julia Quinn enfim apresenta ao público o Quarteto Smythe-Smith, o terrivelmente famoso e adoravelmente desafinado grupo musical que conquistou os leitores antes mesmo que as cortinas se abrissem para ele.
O que eu achei:
Adorável. Meiguinho. Doce como um bolo de chocolate (ou uma torta de melado, embora eu nunca tenha provado uma). Simplesmente o paraíso é um desses romances que tendem a agradar a maioria das leitoras românticas, a história faz o tipo 'bolo de vó': simples, fofinho, bem-feito e açucarado. Aquele clichê envolvente de amigos de infância que se descobrem apaixonados em determinado momento. E os ingredientes que a autora usou aqui foram: leveza, buracos de toupeira, personagens ternos, tornozelo torcido, sapatos da sorte (vermelho-paixão, é claro), torta de melado e concerto musical. Eu amo histórias assim, aconchegantes e fofinhas, mas também admito que histórias de amigos que se apaixonam mexem comigo. Minha própria história de amor começou assim (suspiros). Acho até que prefiro essa série aos famosos Bridgertons da autora. Sei lá, acho os Smythe-Smiths uma série mais meiguinha (embora eu também ame Eloise e Phillip, Anthony e Kate, Hyacinth e Gareth e Daphne e Simon). Quanto a Honoria e Marcus... que par mais fofinho, me deixaram de coração quentinho. A mocinha faz o tipo "coração de mãe", e o mocinho é tímido e fofo (estou enjoada dos libertinos de sempre). Eles se conhecem desde pequenos, o que ajuda o leitor a entender o laço de amizade e intimidade que os une. Depois, é claro, eles descobrem que se amam. A história é bem construída, embora sem grandes pretensões, dramas ou vilões à espreita. Simplesmente o paraíso parece combinar perfeitamente com uma tarde chuvosa e uma caneca de chocolate quente, é o meu segundo favorito dessa série.
Assim, Marcus a observava de longe e havia, no decorrer das temporadas, silenciosamente espantado um ou dois pretendentes. Ou três. Talvez quatro. (...) Passara a vida toda sendo um prefeito cavalheiro. Nunca flertara. Nunca fora um libertino. Odiava ser o centro das atenções, mas desejava ser o centro da atenção de Honoria.
O amor funciona de maneiras misteriosas.
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