★★★★★
A torre do amor
Se ela o amava, talvez fosse capaz de perdoá-lo. Trevas estavam à espreita em sua vida tão organizada, mas ele queria banir a escuridão.
Sinopse:
4º volume da Série Contos de Fadas
Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão. Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser... Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora. Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua determinada esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?
O que eu achei:
É engraçado que os livros dessa autora quase sempre são meio sem graça no começo. Há, no entanto, um momento divisor de águas, os rumos do enredo são definidos e a narrativa se torna cada vez mais tocante. Apesar de não ter me apaixonado logo de cara pelos mocinhos e de não ter curtido o lance do amor à primeira vista e toda aquela adoração instantânea do Gowan pela Edie, achei que a autora soube conduzir muito bem esse tema clichê e ainda trouxe um quê de novidade... "será que tudo é como parece ser?". O duque se encanta pela Edie, que parece ser exatamente o que ele procura, uma moça quieta e tranquila (sqn) e logo pede a mão da moça, é que quando se conheceram ela estava doente, kk. Gostei desse diferencial, e sobretudo porque a história começa a tomar forma no ponto em que muitos romances terminam: o casamento. A torre do amor foca no depois do casamento, num casal com problemas conjugais. E puxa... tudo isso me prendeu. Terminei o livro completamente encantada pelos personagens principais e também pelos secundários, Layla, a madrasta, por exemplo, foi um ótimo acréscimo à história. Edie foi uma mocinha que despertou meu carinho e empatia e seu amor pela música lhe conferiu um charme especial. E Gowan foi um mocinho muito interessante, um duque forte e batalhador, e também virgem e inexperiente na cama (e por que não dizer desajeitado?). Um herói virgem não é algo que vemos todo dia nos romances de época, né? E a partir disso se desenrola o drama do casal, os dois são bem inexperientes, rolam uns mal entendidos... e a Edie sofre ao perceber que a intimidade com o marido não é nada do que ela imaginou.
E pra mim o ponto alto do livro foi a habilidade da autora em abordar um assunto tão delicado quanto a dificuldade que algumas mulheres têm de sentir prazer na relação sexual. Foi a primeira vez que vi um tema como esse ser abordado com tanta sensibilidade num romance. Na maioria dos livros desse gênero, o enlace físico, incluindo a primeira experiência sexual, é bem romantizado e narrado como um episódio digno de fogos de artifícios, flores e luar. Havia muita sinceridade no texto e foi impossível não ficar envolvida no drama deles, na dificuldade de falarem com franqueza sobre o assunto, no afastamento emocional. Torci tanto por eles, para que conversassem, para que encontrassem um jeito de darem certo na cama, kk, para que tivessem um casamento feliz... O desfecho foi muito recompensador e emocionante e não poderia dar menos que 5 estrelas. Um dos meus favoritos na série.
Au revoir. ^-^
Não é uma questão de sucesso ou fracasso. O amor não mede essas coisas, e sim a gentileza.
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