★★
Um reino de sonhos
Ao levantar a mão em um gesto reconfortante, Jennifer Merrick Westmoreland olhou para o seu povo, e nenhuma daquelas pessoas achou nela falta alguma. Gritaram ainda mais alto quando seu marido a ergueu, e era óbvio para qualquer um que observasse que a duquesa de Claymore era muito amada por todos a quem amava. Jenny chorava ao mesmo tempo que sorria para eles. Afinal, não é todo dia que uma mulher recebe um reino de sonhos.
Sinopse:
I - Dinastia Westmoreland.
Royce Westmoreland, o “Lobo Negro”, é enviado pelo rei da Inglaterra para invadir a Escócia. Quando seu irmão, Stefan, sequestra Jennifer e Brenna Merrick, filhas de um lorde escocês, do convento onde vivem, as vidas de Royce e Jennifer se entrelaçam. Ele, um poderoso guerreiro que já ganhou muitas batalhas, não vê a hora de encontrar uma mulher que o amará pelo homem que é, não pelo medo inspirado por sua lenda. Ela, uma jovem rebelde em busca do amor e da aceitação de seu clã, mesmo na condição de prisioneira, não se deixa abalar pela fama de seu arrogante captor. Conforme os conflitos entre os dois se tornam mais frequentes, um sentimento distinto entre eles cresce. Mas, se a orgulhosa Jennifer seguir seu coração, perderá tudo aquilo pelo que vem lutando e jurou honrar.
O que eu achei:
Um livro até que interessante, com um enredo bem escrito, mas não é um dos meus favoritos da autora, não me cativou, não fluiu. A história narra o comecinho da dinastia Westmoreland – os ancestrais de Clayton Westmoreland de Whitney, meu amor. Muitas meninas que leram esse romance simplesmente adoraram e o consideram o melhor da trilogia. Cheguei até a achar que estava sendo injusta com o livro e resolvi, tempos depois, reler Um reino de sonhos. No entanto, minha impressão continuou a mesma, e Um reino de sonhos simplesmente não funciona pra mim. O conflito político entre os clãs de Royce e Jennifer toma muito espaço no enredo e mais parece uma desavença entre Capuletos e Montéquios, como se fosse uma releitura mesmo. E embora os protagonistas tivessem uma química bacana – que rendia boas cenas românticas e sensuais –, não consegui gostar da Jennifer. Está aí uma mocinha que me deu nos nervos. Embora fosse uma personagem sensível, leal e bondosa, ela era impulsiva (demais), teimosa (demais), imprudente (''), irracional ('') e orgulhosa (''). E aquela devoção e lealdade extremistas que ela tinha por sua família me irritavam grandemente. Do Royce, por outro lado, eu gostei, embora ele não fosse nenhum santo (já perceberam que os heróis da autora sempre seguem o clichê de virilidade e arrogância misturadas ao charme do poder de sedução? Mas apesar de tudo era um guerreiro justo, sensato e honrado. O enredo como um todo é muito bem escrito, embora fique um pouco chatinho em alguns momentos. Mas acho que devido ao contexto da Idade Média mesmo... Não é à toa que romances que se passam nesse período são os de que menos gosto. Tudo bárbaro e problemático demais para o meu gosto e sempre (sempre) girando em torno de conflitos políticos.
– No que estava pensando agora, enquanto olhava pela janela? – Eu estava... falando com Deus. É um hábito que tenho. – Sério? O que Deus lhe disse? – Acho – respondeu ela, suavemente – que disse “de nada”. – Por que diria isso? – Provocou Royce. Ao olhar para os olhos dele, Jenny respondeu solenemente: – Por você. Naquela manhã, sua vida lhe parecera tão sombria quanto a morte. Naquela noite, sua alegria estava em seus braços. Alguém ou algo – o destino, a sorte ou o Deus de Jenny – havia olhado para ele naquela manhã e contemplado sua angústia. De olhos fechados, Royce deu um beijo leve na fronte macia de Jenny. “Obrigado!”, pensou ele. E poderia jurar que, no coração, ouviu uma voz responder: “De nada!”.
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