O amor nunca é demais

— Não entendo o amor.
— Ele não existe exatamente para ser entendido, querida. Mas para ser sentido e celebrado.

Sinopse:

8º volume da Coleção MacGregor

O plano de Daniel deu certo com as netas. Agora, o patriarca dos MacGregors quer ver seus três belos netos casados. O problema é que eles são solteiros convictos… Mas isso não impedirá o avô de encontrar as mulheres perfeitas para D.C., Duncan e Ian. Apresentados das formas mais criativas a Layna Drake, Cat Ferrell e Naomi Brightstone, agora eles e suas futuras noivas precisam apenas ser convencidos de que estão diante dos amores de suas vidas. Mas este é um trabalho para o destino... e para o coração. 


O que eu achei:

Assim como no volume 6, esse livro também é dividido em três partes, uma para cada neto. Seguindo a deixa dos demais, o romance de forma geral é uma delícia e já estou ficando nostálgica com a despedida da série se aproximando... A primeira parte é dedicada a D.C. (filho de Alan e Shelby, do livro 3), um pintor excêntrico e um tanto rebelde, e Layna, uma empresária sofisticada e certinha. Embora eu seja uma grande fã do clichê de 'opostos que se atraem', acho que aqui a combinação não deu muito certo. Juro que não entendi as razões da protagonista para não poder namorar. Esse negócio de não estar preparada para relacionamentos amorosos só porque seus pais nunca foram românticos um com o outro e não eram exemplos pra ela não soou convincente pra mim. E o D.C. era um pouco chatinho e até arrogante, tanto que a tática que o vovô Daniel usa para juntá-lo com a Layna é fazer o jogo do contra: "não fique com ela, ela não combina com você", o que faz com que ele faça o oposto e se interesse por ela. Pra mim, os mocinhos da primeira parte deixaram um pouco a desejar e não me cativaram significativamente de forma individual ou como casal e das três histórias, essa foi a única fraquinha. Não é que seja ruim, só não senti aquela química entre D.C. e Layna. Mas até que é legalzinha, então não desanimem...

Agora, a boa notícia: o livro simplesmente fica maravilhoso da segunda parte em diante. Duncan e Cat são sensacionais e para mim, estão concorrendo ao prêmio de "melhor casal da nova geração MacGregor". Duncan (filho de Serena e Justin, do livro 1), seguindo a tradição da família Blade, administra o seu próprio navio-cassino, o Princesa Comanche, e acaba de contratar a sedutora Cat para trabalhar à bordo como cantora (por indicação do vovô Daniel, é claro). O fato é que Cat tem uma história de vida emocionante, o que faz com que a gente se apaixone rapidamente por ela, e o Duncan, com aquela pose de libertino confiante e gentil (vocês sabem que eu tenho um fraco por libertinos literários, rsrs...) faz render uma química linda, sensual e natural entre eles. O casal simplesmente 'brilha' desde as primeiras cenas, o cenário do cruzeiro foi romântico e glamoroso e acho que a Nora fez caber uma imensa história de amor em pouco tempo e espaço. Adorei o retorno da “moeda da trapaça”, haha, que 'decidiu' o casamento dos protagonistas em Jogo de sedução e em Encanto da luz (justamente os meus livros favoritos), achei belíssima a relação entre Cat e o vovô Daniel e amei as cenas musicais (parei pra ouvir e amei imaginar as cenas com direito à trilha sonora). A woman in love de Barbra Streisand é a primeira música que Cat canta, e claro, deixa o Duncan de queixo caído, rsrs. Eu corri pra colocar a música e ficar imaginando a cena. E uma das cenas mais lindas do livro (quase chorei): o momento em que Cat canta uma tradicional música escocesa para o vovô Daniel e faz o próprio cair nas lágrimas.

— Temos uma tradição na minha família. — Ele tirou uma moeda do bolso.
— Cara, você se casa comigo, coroa, você pode partir.
— Oh, claro — respondeu Cat, em um tom evasivo.
— Combinado.
— Ei, mas eu não...
Duncan jogou a moeda para o ar e pegou-a no dorso da mão.
— Cara. Venci. Quer um casamento suntuoso ou uma cerimônia mais simples?
— Duncan, pessoas sensatas não decidem se casar jogando cara ou coroa.
— Meus pais decidiram assim, e eu também decidirei. A não ser que prefira apostar.
— Não faço apostas.
Apoiando as mãos na cadeira dela, Duncan se inclinou para a frente.
— Eu te amo, Cat. É suficiente para mim. Eu sabia que algum dia isso aconteceria, quando eu estivesse no lugar e no momento certo, diante da pessoa certa. Quando acontecesse, seria suficiente para mim. 

Encerrando o livro com chave de ouro, temos a história do romântico e sensível Ian (filho de Caine e Laura, do livro 2), que assim como os pais e a irmã seguiu carreira como advogado, e Naomi, que é cliente de Ian e também administra uma livraria. Como sempre teve baixa autoestima, ela não se considera atraente e é super tímida e fica surpresa com o interesse de Ian por ela. Mas o que mais gostei na história desses dois é que foi um romance sem muita enrolação. Tanto ela quanto o Ian não demoraram a assumir o que sentiam e formaram o par mais fofo do livro. Puxa, nem acredito que só tenho mais um volume pela frente... Vou sentir saudades dessa família maravilhosa. Alguns personagens não ficam apenas na memória, mas também no coração...

Conseguia imaginá-los ali, deitados naquela cama, ano após ano. Com filhos adormecidos, um cão deitado no tapete da sala. A vida seria um pouco agitada com a profissão que eles tinham, mas seria compensador no final das contas. Conseguiriam criar os filhos, manter o casamento e ser felizes para sempre. Podia até parecer romântico demais, mas era o que ele queria.

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