★★★★★
Uma herdeira apaixonada
Certa vez, quando era criança, Phoebe fora surpreendida fora de casa por uma tempestade de verão e vira uma borboleta ser derrubada de seu voo por gotas de chuva. A borboleta tremulou e caiu no chão, bombardeada em todas as direções. Só lhe restou fechar as asas, buscar abrigo e esperar. Aquele homem era a tempestade e o abrigo, puxando-a para dentro de uma escuridão profunda que a cercou por completo, onde havia sensações demais sendo experimentadas – quente, macio, firme, doce, voraz, áspero, sedoso, exigente. Phoebe se agitou impotente nos braços dele, embora não soubesse se estava tentando escapar ou se aproximar ainda mais.
Sinopse:
Os Ravenels, Livro 5
Viúva ainda jovem, Phoebe já viveu um grande amor e não cultiva mais ilusões românticas. Agora, ela precisa ser prática – e cuidar dos dois filhos pequenos e da propriedade da família. Mas quando vai passar alguns dias no Priorado Eversby, a bela dama se surpreende ao conhecer um cavalheiro incrivelmente charmoso. Seu encanto se desfaz no momento em que ele se apresenta como ninguém menos que West Ravenel: o homem que tornou a vida de seu falecido marido um tormento. E ela jurou nunca perdoá-lo por isso. West sabe que é um homem com um passado manchado e que não está à altura de uma mulher como Phoebe, mas, ao conhecê-la, é consumido por um desejo irresistível e um sentimento inteiramente novo. Sem terras nem fortuna, tudo que ele pode lhe oferecer é prazer. O que West não imagina é que, apesar da aparente ingenuidade, Phoebe está decidida a tomar as rédeas da própria vida. Será que essa paixão esmagadora será suficiente para superar os obstáculos do passado?
O que eu achei:
Lisa não perde o jeito de nos encantar com seus romances adoráveis... Teve tanta coisa boa nesse livro que nem sei por onde começar. Está certo que inicialmente achei a Phoebe chatinha com aquele lance de guardar mágoa do West por uma coisa muito boba. Lembrar na vida adulta de traquinagens de crianças e usar isso como medidor de caráter do West foi a maior asneira. Basicamente, o West atormentava o marido dela quando eles eram apenas meninos e o Henry, o falecido marido dela, era um choramingão (se é que essa palavra existe), dessas crianças manhosas que só sabem chorar e se queixar, e contava tudo pra Phoebe, que também era uma criança na época. Que personagem maçante esse Henry (e olha que ele estava morto, kk)... Fiquei sem entender como alguém tão cheia de vida como a Phoebe se casou com um homem tão apagado! Até o pai da mocinha pensava assim. E o capítulo final foi meio corrido, queria que o acerto dos protagonistas não tivesse se resumido às duas últimas páginas... e nem teve epílogo (de novo), a gente nem fica sabendo do casamento deles... Como assim??? Ela só escreveu essas continuações pós-desfecho para os livros 1 e 3 e mesmo assim foram bem curtinhas. Agora ela deu para acrescentar receitas nos finais dos romances. Não que eu ache ruim, mas preferia epílogos, hehe.
O coração é capaz de abrir todo o espaço de que o amor precise.
Mas fora esses pequenos detalhes, tudo o que sobra pra falar são coisas boas. Uma herdeira apaixonada é um livro inesquecível e muito terno. Eu já adorava o West desde o primeiro livro da série e não tinha como ele ser um protagonista medíocre. E para a minha surpresa, me vi comovida com a péssima imagem que ele tinha de si mesmo, o quanto se julgava indigno de ser amado e de construir uma família. E a Phoebe (que só achei irritante no comecinho mesmo) se mostrou uma mocinha muito forte e doce, também, filha de logo quem? Do nosso amado Sebastian, o ex-devasso mais memorável de Londres, hehe. Sebastian e seus comentários maravilhosos simplesmente abrilhantam qualquer enredo do qual ele faça parte. E falando em personagens de livros passados, está aí outro ponto alto do livro: a presença discreta das memoráveis “flores secas” da série As quatro estações do amor, agora maduras e realizadas... Ansiosa pelo desfecho da série, a história de Cassandra (que nem apareceu uma única vez nesse volume... onde ela estava? Por que não apareceu no casamento da Pandora?) e Tom Severin (que eu já amo desde suas primeiras aparições. Ele tem um ar de cafajeste descarado que abriga um enorme coração por baixo da pose).
– Quando seus instintos estiverem tentando lhe dizer alguma coisa, não os ignore.
Au revoir. S2
– Você não é uma mercadoria. – disse ele, a voz instável. – Não pode ser passada de um homem para outro como um quadro ou um vaso antigo.
– Não é assim que as coisas são.
– Ele lhe disse que a quer?
– Não como você está insinuando. Edward é... Ele é um cavalheiro...
– Quero você com todo o meu corpo. – West roçou a boca na dela. Puxou-a para si até os dedos dos pés dela mal tocarem o chão. – Você é tudo em que eu penso. Tudo que eu vejo. Você é o centro de uma estrela, e a força da gravidade que me atrai cada vez mais, e não me importo nem um pouco se vou acabar incinerado. ¬ Ele apoiou a testa na dela, ofegante. – Era isso que ele deveria lhe dizer.
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