Milagres

Sinopse:

Livro IV - Dinastia Westmoreland / Spin-off de Até você chegar

Com uma mãe odiosa e interesseira, que constantemente a pressiona para se casar, Julianna Skeffinton sabe que para viver a vida do jeito que ela quer, só existe uma saída: ter sua reputação completamente, totalmente, absolutamente arruinada. Vagando por um jardim, tarde da noite, ela tem a chance de conhecer um homem mascarado e implora para que ele arruíne sua reputação, seduzindo-o com sua inocência e charme. Ele por sua vez, seduziu-a com sua experiência, e os dois se perderam nos desejos um do outro. Mal sabe ela, que o homem mascarado, é na verdade a pessoa que ela estava determinada a evitar, Nicholas Du Ville.


O que eu achei:

Determinada a conceder uma história de amor para o charmoso Nick Du Ville, de Whitney, meu amor e Até você chegar, a autora escreveu Milagres, um spin-off da Dinastia Westmoreland. Brevemente (até demais), o conto nos apresenta a jovem Julianna (lembram dela? Ela aparece em Até você chegar), que sofre com uma mãe controladora e bem típica dos romances de época, que almeja ver a filha num bom casamento e para isso não mede esforços, chegando a colocar a Ju em situações bem vergonhosas, estilo Sra. Bennet e Sra. Highwood, de Orgulho e preconceito e da Série Spindle Cove, respectivamente, rs. A mãe quer que ela fisgue o solteiro mais cobiçado do momento: o Nick, do contrário, Julianna terá de se casar com um velhote desprezível. Daí a Ju decide arruinar a reputação propositadamente num baile, seduzindo um homem mascarado e deixando-se à vista para que nenhum cavalheiro a queira como esposa, já que ela sonha em viver como escritora e de forma independente. O fato é que o homem em questão é o Nick, e a mãe dela, que não é boba, flagra os dois, arma um escândalo e o obriga a se casar com a filha (ou seja, dá tudo errado e ao mesmo tempo, tudo certo). O Nick fica com a maior raiva da Ju porque pensa ter caído numa armadilha bem clássica e depois de consumar o casamento a abandona numa casa de campo... mas quando os pais do Nick vão passar o natal com a nora, ele decide manter a farsa de um casamento feliz, e naturalmente, se entendem no final. Sinceramente, a história é legal e bem bonitinha, mas muito mal trabalhada. Parece que foi algo escrito com muita pressa e sem o devido carinho que os personagens mereciam... Não houve tempo para o desenvolvimento de um sentimento profundo entre os protagonistas, tanto que eles terminam a história sem nem chegar a admitirem que se amavam, apenas admitem que se desejam e perecem aceitar levar numa boa o casamento... é tudo rápido demais e sem descrições de cenas cativantes e apaixonadas. A Julianna, que inicialmente soa um pouco tola e imatura, me lembrou a Judith Law de Ligeiramente maliciosos, uma mocinha sonhadora e ansiosa por viver, e penso que se a história não tivesse sido tão pouco trabalhada, teríamos uma mocinha incrível, afinal, ela tinha seu carisma, e o casamento dos dois é descrito de forma bem superficial, quando teria sido muito bacana ver o amor nascer entre eles em meio à hostilidade que ele sentia pela suposta trama. Enfim, o Nick e a Ju mereciam um livro com todo o drama e o romantismo que a autora é capaz de escrever e não um conto de apenas 64 páginas.

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