★★★★★
Algo maravilhoso
Quando você oferece amor incondicional, o outro não tem escolha além de retribuí-lo.
Sinopse:
Alex sabe que é diferente das outras garotas. Após a morte do pai, viu a situação financeira da família caminhar perigosamente rumo ao abismo, e coube a ela se tornar “o homem da casa”. Em vez de se dedicar ao piano e aos bordados, Alexandra aprendeu a pescar e a atirar. Apaixonada pelos livros, pela vida, a jovem sabe que carrega sobre os ombros o futuro dos Lawrence. Se ao menos pudesse encontrar uma escola e realizar seu grande sonho de lecionar... Mas nem as dificuldades ofuscam seu espírito vivaz, e Alex ainda crê que alguma coisa extraordinária possa acontecer. Naturalmente, salvar a vida de um famoso duque, e, com isso, atirar na lama sua reputação não era bem o que ela ansiara por tanto tempo. A ruína de Alexandra atende pelo nome de Jordan Townsende, o rico, poderoso e cínico ― e, ah, tão belo ― duque de Hawthorne. Casar não estava nos planos de Jordan, mas ele inadvertidamente colocou em risco o futuro da jovem que o livrou de uma bala no peito. O duque tem uma dívida com a srta. Lawrence e ele nunca deixa de quitar seus débitos. Estabelecê-la em uma de suas propriedades, no interior, e, então, retornar a Londres e à cama de suas amantes parece ser o arranjo perfeito. Sua rotina não precisa ser abalada. Exceto que o espírito livre de Alex cativa Jordan, profunda e rapidamente. Um pouco tarde demais, o duque percebe que seu coração de pedra não é tão duro quanto imaginou, e sua esposa pode ser um perigo muito maior que aquela bala.
O que eu achei:
Uma história linda, instigante e muito bem elaborada. Depois de Agora e sempre, acho que esse se tornou o meu romance de época favorito da autora. Embora eu precise salientar que ninguém consegue complicar mais a vida de duas pessoas apaixonadas que Judith McNaught, rs. Não é de hoje que a autora consegue arrancar suspiros através de suas histórias incrivelmente belas e bem intrincadas, com direito a um drama repleto de intrigas e desentendimentos que insistem em separar os mocinhos teimosos ao longo do livro (pra mim essa é uma marca registrada da autora). É bem verdade que às vezes acho a quantidade de mal-entendidos cansativa de acompanhar, porque toda hora acontece algo que impede os protagonistas de ficarem juntos e confiarem um no outro. Mas o bom é que em meio a essa novela toda, a autora não economiza no romantismo.
O duque é um homem que sente uma profunda desconfiança pelas mulheres, mantém seus sentimentos sob um rígido controle e inicialmente não acredita na bondade ou no amor por causa da forma rígida e solitária como foi educado. Enquanto isso, Alex, nossa mocinha ingênua, apesar das dificuldades, cresceu cercada pelos ensinamentos e amor do avô. Daí acontece que a Alex é ferida enquanto salva o duque de um assalto e fica com a reputação na lama por ter ficado a sós com ele num quarto de uma pousada enquanto estava desmaiada. Resultado? Casamento. Durante a breve convivência, a ingenuidade e doçura da Alex acabam colocando o cinismo e o distanciamento do Jordan de lado e ele começa a sentir algo por ela. Mas tudo se complica quando poucos dias depois de casados ele é dado como morto e só reaparece um ano e meio depois, no dia em que a Alex – por livre e espontânea pressão – estava prestes a se casar com o primo do Jordan (com direito até àquele momento clássico: 'se houver alguém que saiba de algum motivo para impedir essa casamento, que fale agora ou cale-se para sempre', kk). Depois vêm inúmeras outras intrigas e armadilhas do destino, é claro, e enquanto a tia do Jordan tenta assassiná-lo, ele pensa que a esposa e o primo são os responsáveis pelos atentados que tem sofrido. E tudo só se resolve bem no finalzinho. Confesso que esperei um final menos econômico. Quando finalmente se esclarecem as coisas e os mocinhos se declaram um para o outro, o livro termina. E o epílogo mixuruca não passa de uma página e eu adoraria ter lido um pouquinho mais...
Os olhos de Alexandra se abriram, e o que Jordan viu em suas reluzentes profundezas azuis imobilizou sua mão, agora trêmula – era a mesma coisa que fizera seu corpo inteiro estremecer quando ela o beijara e o tocara: todo o amor do universo brilhava naqueles olhos... O terrível duque com o coração oco viu algo naqueles olhos que o fez perder o fôlego. Ele viu algo maravilhoso.
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