★★★
Quatro amores na Escócia
A noite caiu lentamente e eles foram envolvidos por um silêncio profundo. Não era vazio. Nem um dos dois se moveu, nenhum deles precisou olhar para sentir o que o outro estava sentindo. E, naquele momento infinito, Duncan por fim compreendeu tudo o que Rose significava para ele. Ela era terror e deleite, irritação e gratificação – um espinho fincado em sua carne que havia desabrochado e se transformado em uma rosa. Sua rosa.
Sinopse:
Diversão e paixão na Escócia, com quatro autoras de romances de época. Terra de lendas ancestrais e de belezas selvagens, a Escócia tem o poder de despertar o romantismo. As vozes mais potentes dos romances de época se unem nesta coletânea de contos para apresentar quatro jovens prestes a descobrir o amor nesse lugar indomável, repleto de clãs, honra e paixão. JULIA QUINN abusa do senso de humor afiado que se tornou sua marca registrada para contar a história de uma adorável dama inglesa que se vê em um casamento de faz de conta com um escocês atraente e sedutor e, de repente, descobre que o desejo que sente por seu noivo de mentira é muito real. STEPHANIE LAURENS apresenta um cavalheiro rico que constata, após anos sem vê-la, que sua inimiga de infância se transformou em uma linda mulher. Agora ele vai fazer de tudo para conquistá-la antes que ela cometa o pior erro de sua vida e se case com o homem errado. CHRISTINA DODD narra a saga de uma jovem escocesa encantadora e voluntariosa que é sequestrada por um inglês arrogante, porém irresistível. Em cenas de tirar o fôlego, ela tenta não sucumbir à proposta apaixonada de seu captor. KAREN RANNEY escreve sobre a lenda escocesa que diz que o chefe do clã deve se casar com uma mulher que ele não conhece. Mas só o amor verdadeiro e apaixonado poderá mostrar ao sensual Laird de Sinclair quem é a noiva que o destino lhe reservou.
O que eu achei:
Às vezes tenho um probleminha pra me envolver com histórias mais curtas, parece que não há tempo suficiente para criar aquele laço com os personagens... mas também tem vezes em que tudo que quero é um livro curtinho pra relaxar. Então Quatro amores na Escócia acabou sendo uma leitura bacaninha, já que eu estava sem tempo e fui lendo cada conto em dias diferentes. O livro não segue o estilo de A dama mais desejada e A dama mais apaixonada (que tem a participação de JuQ), onde as autoras contam uma única história, aqui são quatro autoras contando quatro histórias diferentes. Dois contos são muito bons, o 2º e o 4º. Já o 3º foi mais ou menos e o 1º foi o único que não gostei de jeito nenhum.
A 1ª história, O kilt matrimonial (Christina Dodd), conta a história de Andra e Hadden. Ele é inglês e estuda a cultura escocesa. Ele se apaixonou por Andra quando esteve hospedado em seu castelo. Só que ela é bem orgulhosa e tola, e apesar de amá-lo o rejeitou e o mandou embora quando ele pediu sua mão. Aí um dia os criados armam uma situação pra que eles fiquem presos na torre do castelo e se entendam, aí ele saca que ela só não quis aceitar seu pedido porque todos os homens de sua família tinham ido embora em dado momento, então passam a noite fazendo amor na torre e quando acordam, ela resolve que quer se casar e é isso. Ô história sem graça! Achei o drama da Andra uma grande tolice, e sei lá, zero química, casal chato, raso, desinteressante. Foi a única história que não gostei do livro, é bem fraquinha, os personagens não cativam, não empolgam, não divertem, isoladamente, para esse conto eu teria dado uma estrelinha.
A 2ª história, O desabrochar de Rose (Stephanie Laurens), conta a história de Rose e Duncan. Esses dois se conhecem desde pequenos, e ela sempre lhe importunou, então carinhosamente ele sempre se referiu a Rose como "um espinho preso em sua carne", hehe. Depois de 12 anos sem se verem, e quando ambos estão pensando em casar com outros pretendentes, se reencontram. Agora estão diferentes fisicamente, mais maduros, interessantes... e descobrem que existe muito mais que apenas amizade entre eles, existe uma fagulha que insiste em queimar quando se aproximam. Bem, gostei muito de Rose e Duncan, histórias de amigos que se apaixonam quase sempre são muito fofas, e achei que foi inteligente a autora ter dado aos mocinhos um passado compartilhado, já que a história era curta e tinha que ser mais objetiva. A conexão e a paixão entre eles era linda e essa foi minha segunda história favorita.
A 3ª história, O casamento está no ar (Julia Quinn), conta a história de Angus e Margaret. Ela foi para a Escócia, mais precisamente Gretna Green, procurar seu irmão mais novo que aparentemente fugiu pra se casar com uma jovem que ela considera inapropriada. Ao mesmo tempo, Angus também está à procura de sua irmã mais nova, que também fugiu. Depois de ser roubada e atacada, ela é salva por Angus, que a leva para uma hospedaria, onde os dois se passam por marido e mulher pra conseguirem um quarto e se abrigarem do frio. E se apaixonam e se casam. Sim, tudo no período de um dia. Bom, a autora tenta ser engraçadinha, e ok, confesso que até achei uma ou duas partes divertidinhas. Mas a história é meio boba e sem graça, e todo o amor deles se desenrola basicamente numa noite e madrugada, kk. Se fosse uma história mais longa, quem sabe não teria funcionado melhor?
A 4ª e última história, A noiva de Glenlyon (Karen Ranney), conta a história de Lachlan e Janet. Ele é o chefe de um clã escocês com problemas financeiros que chegou ao ponto de roubar gado de fazendas vizinhas pra alimentar seu povo. O profeta do clã afirma que Lachlan deve se casar com uma jovem desconhecida que mora na fronteira para salvar o castelo e as pessoas que dependem dele. Lachlan se recusa, é claro, mas resolve ir conhecer a tal moça da profecia, haha. Daí há um grande mal entendido. Ele conhece Janet pensando que ela é Harriet, a tal filha do fazendeiro que supostamente seria a noiva da profecia. Janet na verdade é uma escocesa que anseia voltar para sua amada Escócia e que trabalha para a intratável Harriet. Numa confusão de nomes e apresentações, ele logo se encanta pela doçura da moça, passando a desejar ardentemente que ela seja sua esposa. Apaixonados, os dois se casam num ritual tradicional escocês e só depois o mal entendido é esclarecido, mas não se preocupem, quem disse que a profecia se referia a Harriet, afinal? Muita linda essa história, a mais romântica, a melhor de todas pra mim e ainda repleta de tradições interessantes. Acho que a autora foi a única que soube captar a magia das Terras Altas. Sinceramente, foi uma surpresa e tanto, consegui me conectar rapidamente com os mocinhos e fiquei desejando poder ler muito mais sobre eles.
O beijo era uma acolhida a algo mais que a paixão. Ao pertencimento. Ao amor.
Aroma do dia: Gardênia
Ouvindo: Danny boy / Celtic Woman
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