Entre o amor e a vingança

Então lá estava você, toda encantadora com seus olhos azuis, verdadeiramente brilhando às chamas do pudim de figo, e eu não pude suportar mais um instante do meu licencioso, livre e subitamente indesejado estado de solteirice. Em você, vi meu coração, meu propósito, minha própria alma.

Sinopse:

Vol.1 - O clube dos canalhas

O que um canalha quer, um canalha consegue. Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury. Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança – o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles... até mesmo seu coração.


O que eu achei:

A autora não é uma das minhas favoritas em se tratando de romances de época. Mas como não tinha livros novos de autoras que gosto pra ler e esta série estava perambulando por aqui, resolvi dar uma chance. Estava até curtindo no começo, mas lá pelas tantas começou a se tornar desinteressante pra mim. Até gosto de histórias clichês envolvendo uma boa vingança, o problema número 1 é que não temos um acontecimento digno de vingança nesse livro. O cara apostou todos os seus bens numa partida de 21 e passou anos culpando o vencedor por sua desgraça. Já dizia o velho Shakespeare: "esta é a grande tolice do mundo, a de que quando vai mal a nossa fortuna — muitas vezes como resultado de nossos próprios excessos — culpamos pelos nossos desastres o sol, a luz e as estrelas...".  Não se tratava de uma situação de injustiça, e sim de estupidez! (Zzzz...) Os capítulos vão passando e nada interessante acontece pra movimentar a trama insossa. Cadê os conflitos? O romance empolgante? As reviravoltas surpreendentes? Parece que não tem pano pra manga. 

Aqui temos dois amigos de infância que se casam – sem coraçõezinhos ou faíscas pulando da página – Bourne não quer amar (que novidade) e só pensa numa vingança besta usando a Penelope pra atingir seus objetivos. Penny quer aventura (leia-se dar uns amassos gostosos) e perdoa todas as babaquices do marido em troca de migalhas de carinho. E é sobre isso. Senti que faltou uma personalidade marcante nos protagonistas e uma história cativante. Lamentavelmente, nossa mocinha é uma pamonha, não consigo pensar numa característica especial na Penélope, em algo que a torne única, interessante, nenhuma particularidade ou hobby, nada. Num discurso sem graça, ela diz que anseia aventura, liberdade e um algo a mais... mas você não a vê lutando por isso em nenhum momento. É coagida a se casar porque só pensa na felicidade das irmãs... e após estar casada nunca se posiciona diante da frieza do marido. Uma pitada de egoísmo e outra de amor próprio teriam feito um bem danado a essa personagem tão passiva. Nem vou perder tempo falando de Michael Bourne. Apenas não gostei dele. Antes só (curtindo a solteirice) que mal acompanhada. :)

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