Trace

Sinopse:

Os O’Hurley – 4/4

Ele teve de arcar com as consequências de seus atos... Há muito tempo, Trace O’Hurley queria descobrir o mundo além dos palcos empoeirados e das casas de espetáculo de segunda onde se apresentava com a família. Mas seu pai não aceitava que os sonhos do filho não incluíssem o sucesso da trupe... por isso, Trace rompeu com os O’Hurley e pôs o pé na estrada sem saber ao certo para onde ir. Agora Trace faz parte da elite de agentes secretos do governo americano. Seu mentor, Charles Forrester, não só o treinou, como também seria capaz de confiar a própria vida a ele. Afinal, em seu sangue não estão apenas o ritmo e a melodia do piano, mas também o instinto para se defender e atacar nos momentos certos. A doutora Gillian Fitzpatrick precisava localizar Trace O’Hurley e convencê-lo a resgatar a família dela das garras de uma organização terrorista. Charles fora categórico ao instruí-la sobre Trace. E, agora, Charles estava morto. Mas tudo que Gillian encontrou no golfo do México foi um homem amargurado pela morte do mentor, afogando suas mágoas no uísque, decidido a viver uma aposentadoria precoce e tranquila em alguma ilha paradisíaca... desde que tivesse a quantia certa para financiá-la. E, em meio ao perigo e à tristeza, eles descobrem a esperança e o amor. Contudo, nem mesmo o dinheiro seria capaz de obrigar Trace a aceitar essa missão, a não ser o desejo de vingar a morte de Charles. Com Gillian, ele parte em busca de uma forma de destruir os criminosos e resgatar o irmão e a sobrinha dela. Viajando por diversas partes do mundo, Trace e Gillian provocam sensações um no outro que os deixam vulneráveis ao desejo. Mas ele ainda tem uma missão a cumprir, e ela, uma família para salvar.


O que eu achei:

Esse foi o volume que mais demorou a sair da minha estante, achei chato e não gostei dos protagonistas. Queria ter lido um romance gostosinho mas aqui só se falava em guerra nuclear, resgate de personagens desconhecidos (para os quais eu não estava nem aí) e organizações criminosas. Gostei das trigêmeas O’Hurley (a minha favorita é a serena Abby), mas não posso dizer o mesmo do irmão mais velho. Simplesmente não senti simpatia pelo Trace, tanto nas partes em que era mencionado nos outros livros quanto aqui em sua própria história. Pra mim o personagem era desinteressante, um tanto egoísta e um rebelde sem causa que queria viver perigosamente, e pra isso desapareceu no mundo sem dar satisfações. O cara cresceu numa família de artistas itinerantes, como não era feliz vivendo de apresentações e sem rumo certo, brigou com o pai e deu no pé pra viver de apresentações e sem rumo certo, rs. Convenhamos que ele se tornou um agente-espião simplesmente do nada, por pura sorte, porque salvou a vida de um agente que veio a se tornar o seu mentor. Mas aparentemente ele não estudou ou guardou dinheiro para o futuro, como dá a entender, e só se atolou em problemas e complicações: terrorismo, violência, espionagem... Mais que desgostar, achei o protagonista incoerente: a razão das discussões entre pai e filho era o fato do Trace não querer ser um artista nômade e medíocre vivendo de migalhas. Era de se esperar então que ele fosse em busca de um estilo de vida oposto, faculdade, estabilidade e emprego fixo fora do mundo artístico. Mas ele só trocou sua vida nômade e alegre com pessoas que o amavam por uma vida nômade, arriscada e solitária. E isso não tinha o menor sentido pra mim. Gillian e Trace também não me conquistaram, não acreditei no amor deles e não curti os personagens de forma individual. O casal se apaixonou rápido demais, e eu não consegui sentir firmeza nos sentimentos descritos, pois o Trace não passava de um meio para a Gillian reaver seus familiares... e de repente ele se tornara o homem da sua vida. Pisquei os olhos e ela estava irremediavelmente apaixonada por um homem chato, grosseiro (e fedido, rs). E poxa, quem tem cabeça pra se apaixonar quando (supostamente) está muito aflita com seus entes queridos nas mãos de terroristas? Abigail é o meu livro mais queridinho do quarteto Os O’Hurleys, e Trace o mais fraquinho e o único que não gostei. Faz parte.


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