★★★★
A cruz de Morrigan
Esta é uma história que fala de coragem e covardia, de sangue e morte, e da vida. E de amor e perda...
Sinopse:
Trilogia do Círculo – vol.1
No século 12, Hoyt Mac Cionaoith recebe a visita da deusa Morrigan, que lhe encarrega a missão de salvar o mundo de Lilith, uma vampira demoníaca. Nascida há milhares de anos, ela atrai um número incontável de homens, devastando-lhes a alma com seu beijo maligno, incluindo entre suas vítimas o irmão gêmeo de Hoyt. Ele então viaja para a Nova Iorque dos tempos atuais com o objetivo de reunir outros cinco escolhidos para formar um círculo de força poderoso o bastante para derrotar Lilith. Um círculo de seis: ele próprio, a bruxa, a guerreira, a erudita, aquele de múltiplas formas e aquele que ele perdeu. E será com esse círculo, centenas de anos no futuro, que perceberá como seu espírito assim como seu coração se tornaram...
O que eu achei:
Bom, nessa trilogia temos seis escolhidos lutando contra as forças do mal. Hoyt é um feiticeiro do século 12, convocado pela deusa Morrigan a reunir outros cinco escolhidos para lutar contra uma vampira milenar chamada Lilith. Ele viaja no tempo para encontrar Cian (seu irmão gêmeo – transformado em vampiro por Lilith), Glenna (uma bruxa por quem se apaixonará), Moira (arqueira e futura rainha de um país antigo), Larkan (metamorfo, guerreiro e primo de Moira) e Blair (caçadora de vampiros). A partir daí acompanhamos o desenvolvimento de uma relação entre os seis, enquanto se preparam para a batalha e também descobrem o amor. É uma trilogia inovadora? Claro que não. O círculo se assemelha um bocado a outras sagas da autora, como Os guardiões, Sina do 7 e Primos O'Dwyer, onde sempre há 6 mocinhos que se apaixonam entre si (3 casais destinados), alguém cozinhando, treinamentos, calistenia, amizade e sentimento família. Mas não deixa de ser um feijão com arroz bem temperadinho e gostoso. Bem escrito e envolvente. E eu simplesmente adoro romance com fantasia – com vampiros, lobos, sereias ou quaisquer criaturas fictícias. O começo é sim meio lento, e como não achei o Hoyt um poço de carisma, demorei a entrar no ritmo. Pra mim Hoyt é um protagonista sem graça, meio chato até, e quando o foco estava nele a história ficava nessa mesma vibe. Ainda bem que temos outros cinco protagonistas, rs. A história ganha outro brilho quando Cian aparece, o vampiro simplesmente rouba a cena. E os demais personagens também são mais interessantes que o Hoyt. E a vilã é bem construída e marca presença. Enfim, sem perceber me peguei sem querer desgrudar do livro, um capítulo atrás do outro. Hoyt e Glenna são o casal central aqui, mas eles não têm aquela química de milhões — muito se deve à falta de carisma do Hoyt. O romance me pareceu forçadinho, água de chuchu, e não logra ser o ponto forte desse primeiro capítulo, ao passo que senti uma tensão incrível entre Moira e Cian (cruzando os dedos). O ponto alto aqui é o grupo, a irmandade e a união entre eles, a construção do universo como um todo, da mitologia, e a preparação para a batalha. Já quero ler o próximo... até lá.
Acaso um homem deveria entrar em combate sem sentir medo? Não é o medo de algo que o ajuda a seguir com vida?
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