★★★
Doce como você
Sinopse:
Quando a avó postiça de Shay Zucconi morreu, deixou para ela uma fazenda de tulipas, porém sob duas condições. A primeira delas: Shay precisaria se mudar para a pequena cidade de Amizade, em Rhode Island. A segunda e mais problemática (já que o noivo de Shay acabou de cancelar o casamento): ela teria que encontrar um novo marido em um ano. Casamento é a última coisa que Shay deseja neste momento, mas ela fará o que for preciso para salvar o único lar verdadeiro que já teve. Noah Barden, o charmoso fazendeiro do lugar, amava Shay Zucconi no colégio. Não que ele tenha contado a ela na época... Ele era muito tímido e deslocado, bem diferente dos caras "legais", para ter coragem de convidar a garota linda e popular para sair. Quase uma vida inteira depois, Noah cria sozinho sua sobrinha e está muito ocupado administrando os negócios da família. Neste momento, essa velha paixão é mais uma coisa perdida em suas memórias... Até Shay retornar à cidade onde passou a adolescência e virar tudo de cabeça para baixo.
O que eu achei:
Interessante e bacaninha. Esse romance tem vários elementos clichês que gosto: casamento por conveniência (sabemos como isso termina), cidadezinha interiorana e fazendeiro gostosão. Mas essa história não precisava ter umas 500 páginas, as coisas demoram muito pra sair do lugar e os capítulos acabam se tornando lentos e repetitivos. A escrita da autora é boa e a história é interessante, mas não me apaixonei pelos personagens centrais. Shay é uma professora da educação infantil que foi abandonada no altar e tem bastante dificuldade em lidar com isso, daí acha que vai ser abandonada para todo o sempre (revirar de olhos). Quando muda para a fazenda reencontra o Noah, um amigo que sempre foi apaixonado por ela. A personagem tem muitas questões a serem trabalhadas – sentia que era feita de vidro finíssimo, um movimento errado, um sorriso vacilante, e racharia – na maior parte do tempo se lamenta e se vitimiza, uma coitadinha que foi abandonada por um traste (leia-se livramento) e precisou viajar muito na infância sem ter um lar fixo. Confesso que não tive muita paciência com a Shay. Sei lá, não me identifiquei. Também foi difícil conciliar as personalidades do Noah: o patinho feio do ensino médio e o bonitão do presente, tímido, porém safado, advogado e fazendeiro, rabugento e romântico, tantas facetas, né? Os dois combinavam? Sim. Mas me incomodou o tempo que leva pra Noah se declarar e pra Shay perceber seus sentimentos. A sobrinha do Noah é uma personagem bem importante aqui, gosto de crianças nos romances, e a história da Gennie é bem complicadinha: mãe na prisão, pai ausente, problemas na escola. Mas da forma como agia e falava, não parecia uma menina de 6 anos. Algumas cenas da criança xingando eram de fato engraçadinhas, mas na vida real acharia a Gennie uma menina mal educada. No geral, achei um romance mediano, com partes legais e outras lentas. Gostei, mas não amei.
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