A arte da ilusão

Raios do sol matinal entravam pelas longas janelas da sala de jantar. Lá fora as árvores tinham o toque de setembro. [...] Você não pode culpar uma árvore por buscar o sol nem outra por apodrecer por dentro. Nós fazemos nossas escolhas e somos responsáveis por elas.

Sinopse:

Meio fada, meio bruxa e dona de um orgulho selvagem, Kirby Fairchild se sente como um animal acuado na presença do pintor Adam Haines. Seu sexto sentido está sempre alerta contra ameaças e imprevistos, e Adam pode ser classificado em ambas as categorias. Afinal, ele investiga o desaparecimento de um Rembrandt, e o principal suspeito é o pai de Kirby. Para enfrentar o perigo, Kirby decide utilizar sua arma mais poderosa: a sedução. Mas ela não imagina que Adam lida muito melhor com situações definidas do que com subterfúgios. Mesmo assim, ele gostaria de não ser tão vulnerável aos encantos de Kirby... Ao entremear segredos, traições e mistérios, Nora Roberts apresenta aos leitores mais um romance com sua marca registrada e um final surpreendente.


O que eu achei:

Pensei que ia encontrar um romance místico e até algo sobre dança, a sinopse e a capa me enganaram direitinho. Aqui acompanhamos Adam, um pintor/investigador-secreto (como essas profissões se encaixam, hein?) que se hospeda na mansão de outro pintor famoso a fim de sondar o espaço e encontrar um quadro roubado. Adam se apaixona pela filha desse pintor: Kirby, uma escultora excêntrica, pra não dizer lunática, (que infelizmente não tem nada de fada, bruxa ou paranormal). Dá pra ver que Nora tentou incorporar bom humor à trama com diálogos divertidinhos e animais de estimação esquisitos, mas não funcionou tão bem pra mim. As situações não eram engraçadas, soavam bobas, ridículas e pouco críveis uma vez que não havia nada de sobrenatural ali. E a excentricidade dos personagens vai além da conta em A arte da ilusão, parecem todos pirados, sei lá, rola uma energia caótica e sem sentido dentro da casa dos Fairchild: passagens secretas, criados e pets estranhos, comportamentos exagerados... O mistério dos quadros também não me instigou e não comprei as justificativas para as falsificações das pinturas (Robin Hood, sei...) e simplesmente faltou sustança no romance de Adam e Kirby, esses dois interagem por pouquíssimos dias e logo já estão falando em casamento, mal se conhecem, mas já se amam. Enfim, não me prendeu, lento e confuso, mas pelo menos tirei uns bons cochilos entre um capítulo e outro, rs.

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