★★
Refúgio em Black Hills
Sinopse:
Em Refúgio em Black Hills, Nora Roberts explora a profundeza das raízes Sioux que permeiam as montanhas da Dakota do Sul. Nesse cenário, um amor de infância luta para sobreviver enquanto enfrenta uma caçada implacável. Durante as férias de verão na fazenda dos avós, na Dakota do Sul, Cooper Sullivan conheceu a vizinha Lil Chance, descendente dos Sioux, civilização nativa da América do Norte. O que começou como uma implicância típica de um menino de onze anos se transformou em paixão ao fim da adolescência, com beijos roubados, passeios a cavalo e partidas de beisebol. Mas, quando Cooper precisou voltar para Nova York, o destino os separou. Doze anos se passaram desde então. Ao receber a notícia de que seu avô sofreu um acidente, Cooper volta a Black Hills e decide, então, tornar a fazenda seu lar definitivo, após deixar seu trabalho como detetive particular. Embora a lembrança do toque de Coop ainda permaneça viva em Lil, ela não permitiu que nada a impedisse de realizar seu sonho de construir em Black Hills o Refúgio de Vida Selvagem Chance, um lar de preservação para a vida selvagem. Quando um ataque cruel contra um dos amados pumas de Lil — felino que ela considera seu espírito animal — e pequenos atos de vandalismo se tornam recorrentes, as sombras de um assassinato não resolvido ressurgem, incitando Coop a agir para garantir a segurança de Lil. Tanto Lil quanto Coop conhecem os perigos que rondam as montanhas de Black Hills. Agora, devem trabalhar juntos para desmascarar um assassino com instintos sobrenaturais e determinado a caçar qualquer um que esteja em seu caminho.
O que eu achei:
Gosto muito de Nora Roberts, por essa razão estou sempre procurando livros dela pra ler, mas esse definitivamente não fluiu pra mim... levei dias pra sair das primeiras páginas, depois fui simplesmente pulando trechos pra conseguir terminar, cochilei um bocado entre um capítulo e outro e achei que não terminaria nunca, kk. Não tem pano pra manga pra tantos capítulos e penso que dava pra contar a mesma história em umas 250/300 páginas, no máximo. Acho que Refúgio em Black Hills acaba sendo muito parecido com os outros romances policiais da autora, com personagens em situações que remetem a um constante déjà-vu. Não tem nada que surpreenda aqui, mas esse nem é o problema (pois gosto do clichê, desde que gostoso de ler), a questão é que a trama é muito lenta e pouco interessante. Muitos detalhes repetitivos sobre os pumas, o refúgio, a alimentação dos animais e os hábitos deles, as trilhas pela mata, a protagonista que está sempre fazendo e falando as mesmas coisas... detalhes e mais detalhes que deixaram a história chata, com páginas demais.
Também acho que foca muito em preservação ambiental e na vingança sem sentido de um maníaco mal desenvolvido. Um vilão que você nem liga pra descobrir quem é (até porque isso é revelado rapidamente). E com tantos personagens dando sopa, por que transformar um indígena num vilão? Enfim, você sabe que Lil e Coop vão ficar juntos porque precisa acreditar que esses dois se amam, sabe que o vilão vai morrer e que o puma de estimação da Lil vai salvar o dia. Af, que casal monótono, sentia vontade de bocejar sempre que Lil e Coop estavam juntos, personagens sem química alguma, pouco simpáticos. Farley e Tansy eram mais interessantes de acompanhar. Outra decepção: a sinopse fala em espíritos animais e forças sobrenaturais (a capa também reforça isso), pensei que iria encontrar um romance com um pé no sobrenatural, achei que Lil seria licantropa ou tipo uma bruxa animago, já que seu espírito ancestral era o puma. Mas Lil é apenas uma mocinha humana, pouco cativante e tipicamente teimosa, aquele tipo que não tem muito medo do perigo, e que guarda uma raiva injustificável do ex-namorado que partiu o seu coração ao terminar a relação numa boa (vai entender...), simplesmente não há um conflito digno de nota pra justificar a mágoa. Também não me conectei aos animais da trama, foi tão diferente de quando li Uma paixão indomável (também na Nora) e me apaixonei pelos leões da Jovi! Nora tem livros bem melhores, na minha opinião. Esse é esquecível, o romance não emociona e o suspense não traz aquela ansiedade. O embate final é chato e abrupto, e fez muita falta um epílogo.
[um cheirinho para hoje]
Ouvindo: Prometo / Pablo Alborán
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