★★
Um lugar para o amor
Sinopse:
Abandonado pelos pais e separado dos irmãos, Ryan Devaney nunca deixa ninguém se aproximar muito. Até que a atrevida Maggie O'Brien invade seu bar irlandês e declara guerra à fortaleza de gelo em volta do coração dele. Ryan deixa bem claro que não acredita em amor, mas o sorriso luminoso e o toque suave de Maggie logo o fazem reconsiderar.
O que eu achei:
Esses livros – Um lugar para o amor e Um lugar no coração – fazem parte da série Irmãos Devaney (ao todo são 5 irmãos), mas acho que só temos esses dois volumes em português, que contam as histórias de Ryan e Sean Devaney. É mesmo uma pena que os livros não me ganharam, porque o estilo da autora me lembrou o de Silvia Spadoni, aqueles romances fáceis de ler, super clichês, leves e gostosinhos de acompanhar. No comecinho até achei que ia gostar das histórias, parecia ser minha praia, mas de maneira geral foi entediante e tem uns personagens irritantes. Em Um lugar para o amor Ryan e Maggie se conhecem quando o pneu do carro dela fura em frente ao bar do Ryan. Daí um padre abelhudo (acostume-se com esse personagem) faz com que o rapaz leve a moça em casa. Aparentemente bastou essa carona pra surgir um encantamento da Maggie pelo Ryan, e ela fica curiosa e interessada nele. A partir daí ela vira uma pulga na vida do cara e não desgruda mais, kk. Por ter sido abandonado pelos pais e separado dos irmãos, Ryan não quer saber de relacionamentos, amor e família (o de sempre), enquanto que a mocinha é bem insistente a respeito de relacionamento, amor e família (leia-se pegajosa, inconveniente, intrometida) e quer que o cara se abra com ela e conte tudo a respeito de sua vida (tendo acabado de conhecê-lo). Ela quer curar seus traumas emocionais, quer que Ryan reencontre seus familiares perdidos, quer que ele modernize a contabilidade do seu bar... achei que ela forçava demais sua presença na vida dele, indo trabalhar no bar sem o Ryan tê-la chamado, o convidando pra passar os feriados de fim de ano com sua enorme e amorosa família... enfim, ela insiste tanto que chega a ser irritante. Por essa razão prefiro a mocinha do segundo livro. E é claro que a Maggie tinha que ter que uma família de comercial de margarina, né? Os pais dela mal conhecem o Ryan, mas já o aprovam como genro, e toda hora falam em casamento, sendo que eles mal se conhecem! Essas situações me tiravam da leitura a todo instante, o quanto os personagens estavam sempre colocando o carro na frente dos bois, sem dar tempo pra desenvolver a relação com mais naturalidade. Também prefiro o casal do segundo livro porque levam mais tempo pra construírem a relação.
Ah, mas o que mais me incomodou nesse primeiro livro foi o tal padre que acolheu o Ryan na adolescência – não ficou claro pra mim se o Ryan era rico, pois aparentemente ele só tinha o bar, mas fiquei me perguntando como ele poderia juntar algum dinheiro pra si se o padre sempre o compelia a ajudar financeiramente todo e qualquer necessitado que aparecia na paróquia. Sim, o Ryan fazia o tipo caridoso e mão aberta, mas fiquei com a sensação de que o padre ultrapassava limites, era muito intrometido e fazia questão de ficar relembrando que o Ryan havia sido abandonado e acolhido: "você foi abandonado, sabe como é, devia ajudar". No meio da história tem também o drama de um garoto com problemas cardíacos (achei essa parte chatérrima, pulei uns trechos), e de novo o padre tira o Ryan do seu trabalho e o arrasta para arcar com as responsabilidades dessa situação, leia-se pagar as despesas médicas e ir atrás do pai do garoto. Simplesmente não fui com a cara desse padre, sempre jogando os pepinos nas mãos do Ryan. Eu acho que por ser quem eu sou, não me identifiquei com os personagens dessa história. Não gosto de situações forçadas, pessoas invasivas e folgadas, instalove mal desenvolvido e personagens chatos. Claro que adoro o velho clichê de um coração duro sendo quebrado pela doçura do amor, mas aqui é tudo sem graça e sem naturalidade. Não consegui enxergar esse amor todo que de repente Ryan e Maggie sentiam um pelo o outro, e pra mim Ryan foi vencido pelo cansaço, não pelo poder do amor, rs.
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