Morrendo de amor

Sinopse:

Callum Flannelly prefere a morte a ter que levar uma garota para jantar. O problema é que o tímido rapaz só poderá herdar a funerária da família sob uma condição: ele precisa se casar antes de seu próximo aniversário, quando completará 35 anos. Ao ficar sabendo do dilema de Callum, Lark Thompson ― uma texana que se mudou para a vizinhança buscando recomeçar a vida após a morte do marido ― se oferece para ajudá-lo a encontrar a mulher ideal. Mas Lark não esperava que, no processo, o sério e sarcástico rapaz começaria a derreter seu coração enlutado. E quanto mais alegria Lark traz para a vida cinzenta de Callum, menos ele consegue se imaginar deixando-a ir embora da Irlanda.


O que eu achei:

E vamos de clichê fofinho hoje: vizinhos [peculiares] que se apaixonam. Lark é uma viúva extrovertida que foge dos seus problemas e se culpa pelo acidente do falecido marido, ela tenta um recomeço indo trabalhar na Irlanda e acaba morando ao lado de uma casa funerária (que imaginei exatamente como a casa da garotinha do filme Meu primeiro amor, 1991), ali ela conhece o Callum, um agente funerário tímido, fofo e cavalheiro (gosto desse tipo nos romances). Gostei do romance do casal e de quão bonitinho foi ver o Callum se apaixonando, esse foi um dos aspectos positivos pra mim, além da ambientação irlandesa, mas eu não senti toda aquela emoção com a trama... e a Lark soava um pouco intrometida e chatinha, empurrando o mocinho tímido e introvertido para fora da sua zona de conforto constantemente e o forçando a "viver". Eu mesma sou uma dessas pessoas caseiras e introvertidas e não vejo nada de errado nisso, é uma delícia ficar em paz no aconchego de casa com meu marido, nossos livros, nossos pets. Ah, e pra mim essa história não pedia um vilão, era sobre amor, luto, solidão e superação, mas a autora tratou de enfiar um drama no ambiente de trabalho da mocinha com um colega do mal, desnecessário esse núcleo, assim como as cenas detalhando o embalsamamento dos cadáveres, argh, que coisa mórbida, me pegava pensando constantemente como aquele poderia ser o trabalho dos sonhos do Cal: abrir corpos e drenar coisas deles. Saia disso e pule para cenas no quarto bem picantes. Não sei vocês, mas eu não conseguiria me desligar dos corpos na sala de baixo e simplesmente partir pra diversão numa casa funerária. Enfim... esse foi um livro que me chamou a atenção pela capa e sinopse. Me envolveu no começo, mas depois fui dando uma desanimada, acho que a autora enrola um pouco, repete constantemente o trauma de luto da Lark e os problemas jurídicos da funerária do Cal, e no fim tudo se resolve de maneira muito simples e óbvia: "eu vou fazer terapia", ela diz, e "eu vou consultar um advogado", ele diz. Vamos ficar juntos? Final feliz bonitinho e ok, só não me apaixonei.

—Você é muito doce. — Doce? — Salgado, picante, temperado, azedo. Escolha a descrição culinária que preferir. Melhor, escolha umami.

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