Sinopse:
Rancho Rebel Blue 2
Uma designer da cidade grande que não confia em ninguém. Um cowboy sensível que ama o campo e sonha em realizar seu grande projeto. O que acontece quando dois opostos se encontram e não conseguem resistir à atração mútua e explosiva? Ada Hart acaba de conquistar o maior projeto de sua carreira: atuar como designer de interiores de um hotel na bela Fazenda Rebel Blue. Depois de enfrentar anos turbulentos, essa oportunidade é sua chance de abandonar o passado e provar que é capaz de andar com as próprias pernas e ser feliz. Ao chegar à pequena Meadowlark, em Wyoming, ela percebe que está num lugar especial: paisagens de tirar o fôlego, pessoas amigáveis... e um certo cowboy misterioso, cativante, e o homem mais lindo que já viu. É Weston Ryder ― filho do proprietário da Fazenda, e seu novo chefe. Ada logo levanta suas defesas emocionais. Está determinada a não se apaixonar. Nem pelo homem mais doce e maravilhoso que já conheceu.
O que eu achei:
"Era a palavra legal que me frustrava... nem ruim, nem bom, só legal". Romance de fazenda quase sempre me rende uns bons suspiros. A paisagem é linda, amo caubóis, celeiros e posso imaginar o cheiro do campo e dos cavalos entre as páginas. Pena que não me apaixonei aqui. O Weston e os personagens secundários de fato são bacaninhas, mas não consegui me conectar com a mocinha da história: chata e gratuitamente desagradável com as pessoas. Dava pra entender porque Ada não tinha amigos, ser rude e fria não são características de uma pessoa tímida e incompreendida, e sim de uma pessoa amarga, o tipo que diz: "espero que você não esteja pensando em me emprestar a feia caminhonete azul estacionada ali" quando o cara gentilmente lhe oferece um quebra-galho já que sua lata velha está quebrada.
E uma observação, achei estranho a Ada encabeçar o projeto de um hotel fazenda sem formação universitária e experiência significativa: "Comecei a @lareondeseucoracaoesta depois de ser reprovada no meu curso de design de interiores. Sinceramente, não fui feita para instituições de ensino. Começar meu próprio negócio me ajudou a perceber que isso não era problema — só porque eu não era boa na faculdade não significava que não poderia ser uma boa designer e que não poderia aprender meu ofício num tipo diferente de sala de aula.". Eu não sei quanto a vocês, mas se alguém vai derrubar as paredes da minha casa, mexer na estrutura, na encanação e reformar ambientes... espero sim que ela tenha formação na área. A experiência da personagem se limitava a arrumar closets e pintar cortinas e de repente essa jovem sem experiência, qualificação ou referências aparece para liderar um projeto caro e grande, que creio eu, deveria ser encabeçado por um arquiteto ou engenheiro: casarão velho desabitado por 35 anos! Ela não poderia tentar outra vez a faculdade ou fazer um curso técnico, quem sabe?
Quanto ao Weston, é dito que ele tem transtorno depressivo, toma remédios e faz terapia, mas não sabemos como isso realmente afeta sua vida ou o que desencadeou, porque é tudo jogado na trama sem qualquer aprofundamento e depois é esquecido, afinal temos aqui um autêntico personagem-unicórnio! Ele é tão gentil, tão iluminado, sensato, compreensivo, cordato e bondoso que chega a ser difícil de comprar, simplesmente passa do ponto. Não importa quão babaca a Ada seja, ele sempre vai desculpar e dizer algo lindo para ela. E daí se a garota que você ama te abandona sem falar nada e foge roubando seu carro? Em momentos assim você suspira e pensa: "Oh, essa é a minha garota!". Consigo pensar em vários heróis de romances que seguem a cartilha dos good guys, mocinhos decentes, sensíveis e fofos, porém humanos, críveis, com camadas, tipo Lukas de No fundo é amor, Mase de À sua espera, Carter de Álbum de casamento, Noah de Farejando o amor, Jack de A busca, Robert de Como salvar um herói, entre outros. E é isso... Wes e Ada não me ganharam, não tinham a energia certa, esperava algo gostosinho na vibe de Em meus pensamentos (Bella Andre) e Alma em chamas (Nora Roberts): garota da cidade, cara do campo, romance, suspiros, cavalgadas, beijos ao luar... Mas ainda quero ler sobre Teddy e Gus.
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