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Desejo à meia-noite
Sei tudo sobre chances e probabilidades. Mesmo assim, acredito na sorte. Acredito em magia e mistério, em sonhos que revelam o futuro. E acredito que algumas coisas estão escritas nas estrelas; ou mesmo na palma das mãos. [...] A mão dele tocou no canto de seu rosto. – Calma, beija-flor. Não trairia seus segredos. Sou seu amigo. Eu acho... – Uma pausa breve, eletrizante. – Em outra vida, seríamos mais do que amigos.
Sinopse:
1º livro, Série Os Hathaways
Após sofrer uma decepção amorosa, Amelia Hathaway perdeu as esperanças de se casar. Desde a morte dos pais, ela se dedica exclusivamente a cuidar dos quatro irmãos – uma tarefa nada fácil, sobretudo porque Leo, o mais velho, anda desperdiçando dinheiro com mulheres, jogos e bebida. Certa noite, quando sai em busca de Leo pelos redutos boêmios de Londres, Amelia conhece Cam Rohan. Meio cigano, meio irlandês, Rohan é um homem difícil de se definir e, embora tenha ficado muito rico, nunca se acostumou com a vida na sociedade londrina. Apesar de não conseguirem esconder a imediata atração que sentem, Rohan e Amelia ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se encontrarem. Mas parece que o destino já traçou outros planos. Quando se muda com a família para a propriedade recém-herdada em Hampshire, Amelia acredita que esse pode ser o início de uma vida melhor para os Hathaways. Mas não faz ideia de quantas dificuldades estão a sua espera. E a maior delas é o reencontro com Rohan, que parece determinado a ajudá-la a resolver seus problemas. Agora a independente Amelia se verá dividida entre o orgulho e seus sentimentos. Será que Rohan, um cigano que preza sua liberdade acima de tudo, estará disposto a abrir mão de suas raízes e se curvar à maior instituição de todos os tempos: o casamento?
O que eu achei:
Um livro lindíssimo. Para as novatas na autora, indico que comecem a leitura com a série As quatro estações do amor (que se passa anteriormente a esta). É muito bacana rever personagens queridos de livros passados dando uma voltinha pelas páginas que contam a história da encantadora família Hathaway. Os Hathaways são uma família bem excêntrica e pouco convencional para a época. São cinco irmãos: Leo, Amelia, Winnifred, Poppy e Beatrix, que após ficarem órfãos e receberem um repentino título de nobreza, tentam lidar com as desafios da nova vida na elite e as descobertas do amor. É claro que pela educação diferente que tiveram, eles não são muito convencionais e acabam sofrendo um pouco com os padrões da rígida sociedade inglesa, rendendo ao longo dos livros, momentos de reflexão e diversão. Cada livro é protagonizado por um irmão e o primeiro é centralizado em Amelia, a mais velha das irmãs, que tomou para si a responsabilidade de cuidar dos irmãos e manter unida a família após a morte dos pais. Mas desde que Leo entrou em um profundo estado depressivo, as coisas pioraram bastante (Leo é o Hathaway menos querido pra mim, um estorvo em muitos momentos). Endividados e falidos, a solução foi se mudar para uma decadente propriedade rural. Amelia só não esperava que passassem a encontrar cada vez mais um charmoso e misterioso cigano na nova vizinhança. Cam Rohan (da série As quatro estações do amor) parece encantado com a líder da tribo Hathaway e determinado a romper padrões sociais e pessoais em nome do amor (suspiros).
– Cam tem sido uma espécie de forasteiro a vida toda. Mesmo quando vivia com os rons. Acho que, em segredo, sempre esperou encontrar um lugar ao qual pertencesse. Mas até encontrá-la, não lhe ocorreu que talvez ela não estivesse procurando um lugar, e sim uma pessoa. (...) – Enfim encontrei meu atchen tan. Meu porto seguro.
E como eu disse anteriormente, a Lisa acertou em cheio. Adorei ver um romance com protagonistas tão ousados e lindos. Os ciganos, que protagonizam os dois primeiros livros, permeiam as cinco histórias da família e conferem um ar incrivelmente exótico à saga e por vezes, até mágico. O livro é sedutor, romântico, divertido e dramático na medida certa. Amei. Muitíssimo. Já reli várias vezes.
Eu te proponho
Não dizer nada
Seguirmos juntos
A mesma estrada
Que continua
Depois do amor
No amanhecer
[Proposta / Roberto Carlos]
– Os rons acreditam que se deve seguir o chamado da estrada e nunca voltar atrás. Pois nunca se sabe das aventuras que estão por vir. Então vamos seguir esta estrada – murmurou – e ver aonde ela nos levará. (...) – A questão, meu amor, é se você me quer o bastante para correr o risco.


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