★★★
Ovelha negra
– Tem certeza de que ela planeja fugir para se casar com meu sobrinho? – Perguntou Miles. – Não. – respondeu Abby. – Mas ela tem andado triste nos últimos dias. Tive a esperança de que ela tivesse brigado com Stacy, mas não. – Soltou um suspiro. – Ele estava no concerto na noite passada, e ela o olhava como se ele representasse toda a segurança e o prazer do mundo. – Verdade? Invejo-o. É claro que não tenho o menor desejo de ser alvo desse olhar de Fanny, mas sim do seu.
Sinopse:
Na Inglaterra do século XIX, Abigail Wendover, ainda solteira aos 28 anos, ocupa seu tempo com a rica família e as obrigações sociais: jantares, bailes, vestidos. Sua mais nova preocupação é a recém descoberta paixão da sobrinha Fanny pelo belo Stacy Calverleigh - um interesseiro falido que vê na jovem sua possibilidade de recuperação financeira. Mas Fanny parece não enxergar isso. Para salvar a ingênua sobrinha de uma decepção amorosa e um mau casamento, Abby tenta dissuadir o rapaz do golpe, porém, acaba se deparando com outro Calverleigh: Miles, tio do golpista e ovelha negra da família. Impetuoso, objetivo e desconcertantemente franco, ele fez fortuna na Índia, de onde acaba de chegar, mas é repudiado pela "boa sociedade" devido a um escândalo amoroso ocorrido há muitos anos. O encontro entre Miles e Abby desperta um encantamento mútuo, no entanto, não será fácil para a tradicional Abby fazer com que sua família aprove o relacionamento - sobretudo porque ela mesma resiste a aceitá-lo.
O que eu achei:
É um romance bonzinho e agradável, o meu favorito da autora até, já que não gosto muito dos outros que li (minha nossa, os livros dessa autora me dão muito sono, rs). Miles e Abby são perspicazes e rendem bons diálogos, o final foi meio decepcionante (pois eu não gosto de final do tipo: "agora é com a sua imaginação...") e mais uma vez, é bem descritivo (como tudo dessa autora). Sem grandes dramas, sem grandes aventuras, sem grandes emoções, e ainda assim bem melhor (na minha opinião) que Venetia e o libertino, A boa moça e Casamento de conveniência. O protagonista é legal e é responsável por trazer vivacidade e bom humor à trama. No entanto, me incomodou um pouco a autora não ter citado a idade dele, creio que ele fosse bem mais velho que a mocinha. Não consegui fazer uma boa imagem mental dele. O desfecho, como falei antes, ficou aquém das minhas expectativas, começando pelo fim do personagem Stacy, o golpista da trama, que a meu ver também foi uma vítima do pai e do avô, que o deixaram endividado até o pescoço, levando a tentar a sorte nos jogos e como caça-dotes. Confesso que fiquei com pena dele e desejei que ele tivesse se regenerado e ganho um final interessante. Bem, certamente quem curte uma história de amor mais empolgante achará o enredo maçante por não ter muitos momentos românticos e cenas de beijos. Na verdade há apenas um beijinho rápido no final da história (que deprê, rsrs). E naquele final aberto, ainda por cima (tragam meus sais!). Apesar de tudo, o livro tem lá seus encantos, história levinha e companheira de soneca.
– Vamos sair desse conto de fadas! Se imagina que sinto o menor desejo de receber sua mão como recompensa por ter realizado uma tarefa difícil para satisfazê-la, está muito enganada. Quero o seu amor, não a sua gratidão.
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