Doce vingança

A vingança turva a mente a tal ponto que não se consegue pensar com clareza. Paixões de qualquer tipo levam a erros. 

Sinopse:

Aos 25 anos, Princesa Adrianne vive uma vida que a maioria das pessoas invejaria. Bela e elegante, ela passa os dias ajudando instituições de caridade e as noites indo de um baile de gala para o outro. Mas a imagem de garota rica e mimada não passa de um truque, um movimento friamente calculado para esconder uma verdade perigosa. Há dez anos, Adrianne vive em busca de vingança. Quando criança, só a restava assistir calada a crueldade escondida por trás da fachada de conto de fadas do casamento de seus pais. Ao se tornar adulta, Adrianne alimenta um forte desejo de vingança e, para realizar seu intento, concebe um plano que envolve um fabuloso colar, conhecido como O Sol e a Lua, de valor inestimável e que pertence a seu pai. No entanto, o surgimento de Philip Chamberlain em sua vida, com sua inteligência, seu encanto e seu enigmático carisma, tem tudo para desviá-la de seu objetivo. E então ela se encontrará contra dois homens formidáveis: um com conhecimento para tirar a sua liberdade, o outro com poder de tirar a sua vida.


O que eu achei:

Era uma vez uma princesa com um hobby muito particular: roubar joias. Ninguém desconfia, é claro. Quando ela está se preparando para o maior roubo da sua carreira, entra em cena o Philip, um ladrão aposentado, que em troca da liberdade, trabalha ajudando as autoridades a capturar outros ladrões. Quando descobre que o misterioso sombra na verdade é uma atraente princesa metida a Robin Hood, ele tenta dissuadi-la, mas conforme se apaixonam um pelo o outro, Phil acaba ajudando-a na sua vingança, com a promessa de que ela também se aposentará assim que realizar seu maior intento, roubar O Sol e a Lua do pai. O pai dela, um xeique todo poderoso do Oriente, é um cara bem rígido nos seus costumes e cruel com as mulheres, em especial com a Adrienne e sua mãe americana. Ele posava de progressista e mente aberta para as câmeras, mas era violento e opressor entre quatro paredes. Adri então passou a odiá-lo conforme foi crescendo na América, embora lá fundo tivesse esperança de que ele se arrependesse e a considerasse um dia. Daí aquela vingança dela, que basicamente consistia em passar a vida treinando para um dia roubar O Sol e a Lua (um colar esplêndido e inestimável), mais parecia uma tentativa de chamar a atenção do pai. Teria sido interessante ver algum resquício de humanidade no rei, sei lá... teria dado mais emoção à trama. O fator emoção também ficou abaixo da média no desenrolar do romance entre a Adrienne e o Philip. Eles eram um casal legalzinho, divertido em alguns momentos, mas faltou tempero na história de amor deles. Outra coisa que me incomodou foi o final corrido e o fato de que não concordei com algumas atitudes da heroína, como acreditar que tudo bem roubar, desde que fosse dos ricos. É meio chato que tudo gira em torno de pegar esse colar e fazer afronta ao papai. Lá pelos capítulos finais Adri alcança seu objetivo e tudo se resolve facinho demais. O rei vai atrás dela, paga o resgate e pronto. Esperava algo mais emblemático. E nem teve epílogo. Além disso, faltou a conclusão para o diálogo que acontece logo no início do livro (sim, o livro começa com o Philip contando a história da Adrienne para seus superiores e pedindo para ela receber o perdão por seus crimes e ir trabalhar com ele). Fica subentendido que tudo terminou ok, mas para mim faltou paixão, respostas e uma conclusão mais digna de nota.

E o sedutor se transformou em seduzido. Era uma tranca que ele abriria. Tinha a habilidade, a experiência e a necessidade. Os tesouros ali eram mais ricos e tentadores do que tudo que ele já tirara do fundo dos cofres.


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