★★★★
Nora
Sinopse:
Quando a rica e inocente Nora Marlowe veio visitar o Oeste Selvagem, ela estava tão aberta à aventura quanto o vasto horizonte do Texas. O rude individualismo — e valentes cowboys — do Texas combinavam com o espírito romântico dela. Isto é, até que o cowboy errado decidiu acabar com a arrogância da elegante herdeira! Cal Barton não gostava de senhoritas do leste arrogantes. E ele certamente não apreciava uma invadindo o rancho onde trabalhava. Mas algo em Nora era irresistível. A atração entre eles apenas ficava mais forte à medida que ela ia ficando por mais tempo — até que um simples beijo tornou-se uma sedução completa, que ameaçava destruir tudo o que ela amava...
O que eu achei:
O livro se passa na virada do século XX no Texas. Foi gratificante ler um romance histórico e rural fora de Londres e seus bailes aristrocáticos. Aqui temos uma história de amor entre um caubói e uma moça classista. Nora se apresenta como uma moça aventureira e esnobe, enquanto o Cal trabalha como capataz na fazenda de seu tio, embora esconda o fato de ser de família rica (é o irmão de King de Amélia, livro que antecede Nora). Eu gostei um bocado dessa leitura, me manteve bem envolvida e a história não é nada superficial, o texto é bem escrito e conta com uma preciosidade de detalhes do período retratado. Os personagens são interessantes, comoventes... some-se a isso uma boa história de paixão indesejada, gravidez e casamento não planejados, uma série de mal-entendidos e mágoas a serem superadas. Admito que comecei a história sem gostar muito da mocinha, Nora era muito mimada, uma coisinha arrogante, e isso até boa parte da história, sempre falando abobrinha sobre pessoas mais simples e trabalhadoras, chegando a tratá-las com desdém e até nojo. Ela se redime (lindamente) no decorrer da história, e amadurece bastante, revê suas opiniões repletas de preconceito, o que é muito satisfatório, mas eu concordei com o Cal: ela precisava de uma lição de humildade. Mas os dois escondem segredos (ele é rico, ela tem uma enfermidade), e a falta de entendimento faz o casamento desandar antes mesmo de caminhar.
E sendo um romance da Diana Palmer, claro que vamos ter um herói que vai magoar terrivelmente a mocinha em algum momento, né? Af, teve umas situações que eu achei o Cal muito canalha e insensível, mas ao mesmo tempo passei pano porque não tinha como ele adivinhar que a Nora tinha uma saúde frágil. Bem no estilo O cravo e a rosa, ele coloca a esposa dondoca pra cuidar da casa, lavar roupas, preparar comida, tirar água do poço, etc., algo que era esperado das mulheres no século 20. O problema é que essa simples lição tem consequências trágicas. São muitos os percalços que esse casal enfrenta, o orgulho, o preconceito, sentimento de culpa... uma baita jornada até o merecido final feliz, mas achei linda a história, emocionante, dá muito gosto ver o quanto os personagens crescem no decorrer da história. Até a tia Helen repensa suas atitudes e evita que Melly passe pelas mesmas dificuldades que Nora. Ah, e uma pausa para falar do romance paralelo entre a prima Melly e o sr. Langhorn, o escandaloso homem divorciado, kk. Muito lindinhos, que química boa a desses personagens. Mereciam um livro pra si. Quase roubaram a cena, rs.
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