★★
Eu nunca poderia
Acho que é isso que acontece quando alguém entra em seu coração. Não importa onde esteja; a pessoa está lá com você.
Sinopse:
Tudo começou com uma ligação inesperada. Dois anos depois de meu noivo falecer em um acidente, o pai dele morreu de repente, deixando o irmão adulto atípico de Brad sem ninguém para cuidar dele. Quando vi, eu estava dirigindo para o outro lado do país até New Hampshire para onde estava me mudando a fim de cuidar de Scottie até eu conseguir colocá-lo em um lar coletivo. A última coisa que eu esperava? Não cuidaria dele sozinha. Josh Mathers, o melhor amigo do meu noivo — que também era meu pior inimigo — insistiu que ele era a melhor pessoa para a função. Ele me falou para voltar para a Califórnia, e eu falei para ele onde poderia enfiar essa exigência. Nosso desdém um pelo outro não era nenhuma novidade. Era desde quando eu havia lido, sem querer, uma mensagem há anos. Nós nos odiávamos. Mas nós dois amávamos Scottie, então nenhum de nós cedeu. Agora estávamos morando juntos em uma casa minúscula — com um quarto disponível. Ainda bem que era só temporário. Com o tempo, percebi que o idiota rabugento que eu pensava que conhecia era diferente do que eu imaginava. Me vi, lentamente, me apegando a alguém que uma vez considerei o inimigo... e estava me sentindo atraída por ele. Claro que nós dois éramos cheios de culpa por Brad. Também éramos dois adultos com frustrações reprimidas em relação um ao outro — presos em uma cabana na floresta. Mas esse era Josh. Eu nunca poderia...
O que eu achei:
Sim, você nunca poderia... Essa é a história de duas pessoas mega altruístas que de repente deixam suas respectivas cidades, trabalho e vida pessoal pra assumirem a responsabilidade de cuidar de um homem com autismo severo e sem família. Só aqui nesse comecinho já achei a coisa meio irrealista, porque Carly e Josh pareciam até ansiosos pra abandonarem suas rotinas em prol dessa causa, chegando a brigarem pela tarefa, sim, muito abnegados [não é a primeira vez que eu sinto falta de uma trama plausível, coesa e acreditável lendo os romances da autora]. O rapaz em questão é o Scottie, irmão do falecido Brad, que era noivo de Carly e melhor amigo de Josh. Não achei a história tão ruim, o casal tem seus momentos doces e emocionantes, mas algumas coisas me incomodaram nesse livro, outras eram simplesmente estranhas, e o drama que impedia o casal de ficar junto mal desenvolvido. Eles sentiam culpa pelo falecido Brad e achavam MUITO errado se gostarem. Minha nossa, como esses dois precisavam de terapia, de uma boa conversa, de maturidade, de equilíbrio emocional! A repetição constante de que Carly e Josh NUNCA-JAMAIS poderiam ficar juntos deixou a trama cansativa, pois os personagens andavam em círculos nesse dilema de culpa sem sentido, e isso leva o livro todo pra se resolver. Chega a ser irritante o quanto esses dois complicam algo simples. A primeira experiência sexual do casal, por exemplo, é super esquisita e constrangedora, nada romântica, afinal eles querem muito fazer sexo, mas não podem se tocar, porque sentem culpa se o fizerem, af. Agora falando do Scottie, acho que alguns comportamentos do rapaz podiam e tinham que ser trabalhados. Sei que alguns autistas têm uma inteligência acima da média, mas esse claramente não era o caso do Scottie, que parecia ter alguma deficiência intelectual e atitudes socialmente inaceitáveis, como agarrar e tirar foto das partes íntimas do Josh, sentar no colo do Josh durante suas reuniões de trabalho, tomar banho com ambos nus, etc. Mas os personagens pareciam não se importar e até riam dessas coisas, que me pareciam estranhas e inapropriadas. Aí também tem um cachorro que aparece do nada e passa a viver com eles. O cachorro era chato e claramente precisava de treinamento, mas de novo era pra gente achar tudo engraçadinho. Not4me. O final corresponde ao esperado e Josh, Carly, Scottie e o cachorro formam uma família feliz. Isso é bonitinho e o pedido de casamento é bem fofo, mas não compensa o tempo perdido e a enrolação, não fluiu pra mim, não leria novamente. Ainda bem que parei com essa mania de comprar livro físico sem antes ler. Agora só compro quando sei que vale a pena pra mim, que vou querer reler.
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