★★
Sonhando com você
Sinopse:
Clube de apostas Craven's – V.2
Quando a tímida escritora Sara Fielding deixa a segurança de seu chalé para fazer a pesquisa de seu próximo romance, acaba testemunhando um crime. Sem conseguir se conter, ela decide prestar socorro e salva a vida do homem mais perigoso de Londres. Depois de uma infância difícil, Derek Craven hoje é o poderoso proprietário de um lendário clube de apostas. Sua reputação é a pior possível e ele não tem o menor escrúpulo. Mas Sara consegue ver que, por trás da fachada rude e cínica, Derek é ainda mais ardente e apaixonado do que nas fantasias dela. Consciente de que é o último homem que uma mocinha inocente deveria desejar, ele decide manter distância dela a qualquer custo. No entanto, num mundo em que os perigos espreitam em cada esquina, ele é a única pessoa que pode mantê-la a salvo. E quando os dois sucumbem à atração inegável que sentem um pelo outro, um segredo terrível emerge do passado de Derek e ameaça a felicidade deles – assim como suas vidas.
O que eu achei:
A gente sempre tem uns romances queridinhos que moram no coração, aqueles que pegamos pra reler quando queremos sentir um quentinho no peito. Posso citar vários da LisaK que amo e se enquadram nessa descrição. Infelizmente, não é o caso de Sonhando com você. Esse é esquecível, do tipo que sei que nunca mais vou pegar pra reler. A leitura até começou promissora, mas ao longo dos capítulos fui me frustrando e perdendo o interesse na trama. Derek é aquele típico herói durão e cínico com um passado obscuro e que não quer se amarrar... ele cresceu na sarjeta londrina e enriqueceu. Até que aparece uma mocinha de coração puro que o suaviza com seu amor. Esse clichê funciona maravilhosamente com outros casais da autora, como Kev e Win (Sedução ao amanhecer), Poppy e Harry (Tentação ao pôr do sol), Rhys e Helen (Uma noiva para Winterborne) e West e Phoebe (Uma herdeira apaixonada). Mas aqui não colou tão bem. Desde o livro anterior, acho o Derek um cara chato, duvidoso e instável. Sei lá, ele não me vendeu seu peixe. Aqui também pesa com força o discurso de "eu não sou bom pra você", que confesso, encheu minha paciência. E juro, não achei o Derek minimamente charmoso pra justificar a mulherada ficar tão insana, quer dizer, apaixonada. As ladys casadas o cobiçavam, outra era totalmente pirada por ele, e a nossa Sara sonhava e suspirava por seus beijos. Eu só me perguntava o porquê disso. Há também uma cena controversa, quando Derek se deita com uma prostituta do clube porque está sentindo saudades de Sara e as duas mulheres são parecidas fisicamente. Não fica claro se eles tiveram relações. Fiquei grilada. Quanto a nossa mocinha... Sara é bacana e sua característica mais agradável é a empatia e a gentileza que tem com as pessoas. E a mais irritante é ficar se colocando em riscos absurdos em nome da sua pesquisa (tipo a Bess de Um amor a despertar). A mulher esteve a um passo de ser assassinada e/ou estuprada... e tudo isso pra escrever um livro! Surreal, ainda mais num romance de época. Jogatinas e prostituição são temas presentes em seus romances, e ainda assim a jovem [solteira e ingênua] não tem sua reputação abalada. Pra mim faria mais sentido se ela ao menos fosse uma mulher mais vivida. O casal tem uma química ok e há aquela tensão sexual entre eles (afinal Lisa é expert nisso), mas senti falta de momentos de carinho e ternura. Queria ter sentido que eles se amavam pra valer, não apenas que sentiam uma grande atração. A verdade é que a paixão entre Sara e Derek começa do mais absoluto nada, e em pouquíssimos dias de convivência já não podem esquecer um do outro. Queria ter comprado esse amor e curtido mais a história.
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