Um encontro nada romântico

Sinopse:

Irmãos Cane 1/3

Como vocês dois se conheceram? A pergunta essencial feita a todo casal. E a resposta é, geralmente, uma história melosa sobre como os dois foram atingidos pela flecha do cupido. A história do meu primeiro encontro romântico (bom, encontro nada romântico) é levemente diferente. Eu estava passeando por um bairro de gente rica em Beverly Hills, procurando alguém que me aceitasse como noiva, sabe, para que eu pudesse deixar a minha arqui-inimiga, que havia acabado de me demitir, com inveja. Ele estava vindo pisando forte pelo quarteirão como um tipo de ogro lindo, resmungando sobre um acordo de negócios que deu errado. E foi aí que nos esbarramos. Não houve faíscas. Nem mesmo uma pitada de amor floresceu. Mas, quando dei por mim, eu estava devorando chips de tortilla e guacamole grátis, enquanto ouvia esse homem contar todos os seus problemas, o que o levou à sua grande proposta… Ele queria que eu fosse a sua Vivian Ward, de Uma Linda Mulher ― sem a parte do comportamento obsceno. Estamos falando sobre morar em uma mansão, ir a encontros duplos e fingir que estávamos perdidamente apaixonados… e noivos. Dá para imaginar? Que audácia. Mas as pessoas fazem coisas loucas quando estão desesperadas. E eu estava afundada em desespero. Então, fechamos um acordo. No entanto, eu acidentalmente me apaixonei pelo incomparável Huxley Cane.


O que eu achei:

Uma comédia romântica farofenta, clichê e bem safadinha. Curto essa coisa de falso relacionamento que vira algo de verdade, mas há um excesso de páginas nesse livro e cenas pra lá de exageradas. O casal tem uma boa química, mas a mocinha não conquistou meu coração. Acho que o maior problema são as situações pouco críveis, absurdas até: a mentira descabida que dá início a tudo, aula de lamaze totalmente ridícula, além de não fazer sentido eles morarem juntos. Claro que dá pra você se desligar e apenas se divertir (foi o que me empenhei em fazer), mas ficar questionando a história a todo instante atrapalha a experiência. Lottie é uma personagem engraçadinha, mas muito, muito imatura, e isso me irritava pra caramba. A mulher fazia tempestade em copo d'água por coisas bobas e vivia arranjando briga com o cara que estava pagando suas dívidas e a ajudando de várias formas. Em troca ela fingia ser a noiva, conforme acordado. Qual a dificuldade? Pra quê tanta birra, cobrança e provocação? Hux também era imaturo e instável, então esses dois super combinavam, além de terem uma libido desenfreada. Cabe dizer que (pra mim) as cenas de sexo passam do ponto, são apelativas demais, Hux e Lottie fazem e falam um montão de sacanagem, coisa de deixar a gente com vergonha alheia... e acaba que a autora esquece de desenvolver algo além disso quando eles estão juntos. Ok, entendemos que eles se apaixonam, que descobrem afinidades, mas senti que a atração física era o elo mais forte entre eles. Vou dar uma conferida nos próximos volumes por serem inspirados em filmes de romance, mas não estou empolgada com os irmãos Cane.

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