Avassalador / Rosas de inverno

✩✩ Avassalador [Homens do Texas XXXIV] Ele fazia as regras do jogo... mas conseguiria segui-las? Regra número um: nunca se apegar. Apesar de tratar suas mulheres bem, J.B. Hammock deixava claro que as relações seriam superficiais, e todas aceitavam. Até que a doce Tellie Maddox começou a se importar com ele. Tudo muda quando Tellie perde a memória. Ao ver J.B., ela pensa que é um amigo. Nem mesmo ele conseguiria ser tão frio a ponto de afastá-la, então agiu de acordo... até que aquela amizade se transformou em algo mais profundo do que um mulherengo como J.B. poderia imaginar. Então Tellie recupera a memória...

O que eu achei: Continuando aqui com a minha maratona de Homens do Texas, relendo livros que gosto muito e outros que não tinha lido, como Avassalador. Não gostei desse, estava até sem vontade de escrever sobre, sinceramente não achei a história de J.B. e Tellie romântica. Senti falta de ternura, de emoção, de algo a mais. Aqui temos aquele clichê: a mocinha é apaixonada pelo irmão da melhor amiga. A Tellie é uma clássica mocinha de DiPamer, mas não é tão tapada quanto uma Amélia da vida. É claro que no final ela perdoa fácil o J.B., mas pelo menos ela se posicionava aqui e ali, não abaixava a cabeça para os mandos e desmandos do cara. Mas sinto que ela merecia mais, se contentou com a mediocridade. E sei lá, aparentemente J.B. a tratava feito lixo porque ela não era sexualmente madura? Ele tentou dar uns amassos quando ela tinha dezoito anos, não rolou (timidez e inexperiência)... então ele resolveu começar a humilhar a garota enquanto esperava ela ficar mais velha pra investir novamente? Fala. Sério. Antes fosse o lance da mágoa de uma mulher do passado, colava mais. Na maior parte do tempo J.B. age como um menino mimado e seus sentimentos parecem tão profundos quanto uma poça, mais desejo sexual reprimido que qualquer outra coisa:

 "Lembra de quando tinha dezoito anos e fomos parar no sofá da sala? Você queria ser beijada, mas quando comecei a tocá-la, afastou-se. Gostava de me beijar, mas não se sentia confortável com algo mais íntimo. Eu desejava você intensamente. Mas sabia que era muito jovem e seria injusto envolvê-la em um relacionamento para o qual não estava preparada... tornei-me cruel e amargo de tanto esperar."

O J.B. faz parte do time de protagonistas grosseiros e idiotas de DP. Mas já estou calejada desses mocinhos ogros, corações de pedra, sempre me irrito com esses heróis sem-vergonha e com essas mocinhas tontas, mas acabo sempre procurando mais de Diana Palmer pra ler, rs, é um círculo vicioso. A insensibilidade do herói, suas grosserias injustificáveis, a inocência da heroína, sua capacidade para perdoar, os mal-entendidos, os ciúmes, as lágrimas, a reconciliação, o final feliz... esses elementos são marca registrada nos romances de DP, envolvem a gente na leitura, esquentam o clima. Porém aqui não senti que o casal dava liga, meio esquisita a relação deles. O final corresponde ao esperado e, com muita boa vontade, dá pra dizer que é bonitinho vê-los juntos e felizes.


O outono chegou tingindo as folhas dos álamos e dos bordos com um belo tom dourado e escarlate. Ivy se sentia agitada, como se algo estivesse prestes a mudar em sua vida.

✩✩ Rosas de inverno [Homens do Texas XXXVI] Em uma noite agitada, Stuart York não consegue resistir à tentação e toma Ivy Conley em seus braços, a melhor amiga de sua irmã mais nova. A intensa paixão os deixa desorientados. Contudo, Stuart acredita que Ivy é uma jovem problemática assim como a irmã, e sabendo que ela é muito jovem, Stuart fecha o coração para Ivy. Anos mais tarde, Ivy está de volta à cidade, decidida a ser tratada como a mulher independente na qual se tornou. Para sua surpresa, Stuart insiste em ser seu protetor, porém, a batalha mais difícil que Ivy enfrentará será contra o desejo que ainda sente por Stuart!

O que eu achei: Já perdi a conta de quantas vezes esse argumento foi usado (só em Homens do Texas): a mocinha pobretona se apaixona pelo irmão da melhor amiga, que é bonito e rico. Secretamente ele também gosta dela, mas inicialmente se afasta e resiste aos seus sentimentos por ser mais velho. Daí ele espera alguns anos para se envolver com a mocinha, que esperou por ele pura e celibatária, hehe. O problema não é ser clichê (adoro arroz com feijão), e sim ser entediante, sem sal, sem uma pimentinha. Aqui temos uma irmã que é muito boa (mocinha) e uma irmã que é muito má (vilã), Paulina e Paola Bracho, rs. Claro que a mocinha é um modelo de virtudes, injustiçada e ingênua nível hard. Não que a Ivy seja irritante, ela só é polida demais, unidimensional, sem camadas instigantes, tipo, é dito que é ela é uma jovem independente, que adora cantar ópera, coleciona pedras, gosta de arqueologia, mas nada disso é explorado. A história se resume a Ivy falando da irmã traficante, tendo enxaquecas e dando uns beijos no Stuart. Não espere grandes emoções, mal-entendidos a serem esclarecidos, suspense ou mistério. A trama policial é absurdamente enfadonha e pra completar, Stuart é um dos galãs mais "equilibrados" de DP, causa até um estranhamento, kk. Claro que ele é rico, poderoso, tem o peito peludo e é possessivo. Mas o único e pequeno desentendimento que rola com a mocinha se resolve já no início, depois disso ele não apronta, não usa outra mulher para causar ciúmes na mocinha e não tira conclusões precipitadas. Stuart ajuda a mocinha em todo o tempo, ele é gentil e ok. Diana Palmer quando não é 8 e 80, rs. Como o mocinho é sem sal, ops, bacaninha, não temos pontos de virada na trama... não tem aquele momento em que o herói cai em si e corre atrás da mocinha. Acho que senti falta disso. Stuart e Ivy não têm uma história de amor elaborada e dramática, não rendem uma expectativa gostosa. E isso faz deles um casal sem graça, repleto de clichês e pausas para bocejos. Troféu Picolé de Chuchu :) A história de Hayes e Minette promete ser mais interessante (O protetor).


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