O segredo

Sinopse:

Uma bela inglesa se apaixona por um escocês das Highlands neste romance histórico de Julie Garwood. Judith Hampton era tão bonita quanto orgulhosa e leal. Sua querida amiga de infância, uma escocesa, estava prestes a dar à luz, e Judith havia prometido estar ao seu lado. Porém, havia outro motivo mais particular para a jornada desde seu sombrio lar inglês até as Highlands: encontrar o pai que nunca havia conhecido, Laird Maclean. Só que nada a havia preparado para a visão do bárbaro escocês que a escoltaria para sua terra... Iain Maitland, laird de seu clã, um homem mais poderosamente cativante do que qualquer outro que ela já encontrara. Em um conflito animado de vontades e costumes, Judith se delicia com o êxtase dos beijos fervorosos de Iain e com seus carinhos apaixonados. Perplexo com a desafiante vivacidade da inglesa e intrigado por sua natureza carinhosa, Iain sente a alma vicejar na luz e no calor de seu amor. Certamente nada afastaria Judith do afeto e da confiança de Iain e seu clã... nem mesmo a verdade sobre seu pai — um segredo devastador que poderia arruinar a aliança mais corajosa e o mais glorioso dos amores.


O que eu achei:

Gosto muito de romances ambientados na Escócia, mas a era medieval não me ganha. São poucos os romances dessa época que gosto, pois acho o período muito trevoso. Daí a surpresa com o tom leve e simplista de O segredo, gostei disso, mas ao mesmo tempo senti que faltou veracidade, como se toda a barbárie do período tivesse sido bem suavizada. O casal Iain e Judith têm muitos momentos bonitinhos, gostei do desfecho e dos personagens secundários (sobretudo de Brodick - queria um livro só pra ele), achei interessante tudo o que se falou sobre os perigos e os medos da gravidez naqueles tempos, mas não consigo dizer que amei a história. Sei lá, pra um romance medieval esse daqui é ''cor-de-rosa'' demais, fofinho até. Claro que amo romance nesse estilo, mas fiquei com a sensação de que em O segredo tudo se resolve fácil e lindamente só porque a mocinha é tão boazinha e pura de coração que faz tudo fluir positivamente ao seu redor. O ano é 1200, mas não espere hostilidade e diferenças culturais que não possam ser superadas com muito amor no coração e diálogo, kk. 

Não há percalços significativos para a união de um líder escocês e uma estrangeira recém-chegada! Mesmo sendo uma jovem inexperiente (e ainda por cima inglesa), Judith chega nas Terras Altas e em pouco tempo se põe a fazer partos bem-sucedidos, ela acalma as situações, luta pelos direitos femininos, propõe mudanças no clã, ganha a confiança de todos: guerreiros, conselheiros, mulheres e crianças se rendem ao seu encanto. Ao final nem lembramos mais de conflitos entres os dois povos, e tudo se resolve pacificamente entre os clãs. No geral, esse é um romance de época agradável de ler, com personagens simpáticos e um charmoso guerreiro escocês (homens de kilt e tartan me ganham, hehe). A mocinha não foi tão memorável pra mim, mas também não chegou a me irritar. E é isso, hoje quero sonhar com um campo verdinho repleto de urze e cardo: seguiram em ritmo extenuante até alcançarem as íngremes encostas montanhosas. Apearam em uma pequena clareira cercada por cardos densos. A planta espinhosa estava repleta de flores roxas e amarelas. Judith ficou encantada com o lugar e resolveu caminhar um pouco por aquele paraíso encantado (...). As terras de William Wallace são um dos meus destinos literários favoritos. Ouvindo hoje: Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada, meu caminho é meio perdido, mas que perder seja o melhor destino... (Encostar na tua, Ana Carolina).

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