O jogo do amor/ódio

– Você sabe sorrir – é tudo o que consigo dizer.

Seu sorriso vale mil palavras de qualquer outra pessoa. Preciso de uma fotografia. Preciso de algo a que me apegar. Preciso que esse planeta bizarro deixe de girar para eu poder congelar esse momento no tempo.

Sinopse:

Nêmesis (s. f.)
1. Um oponente ou rival que outro indivíduo não consegue superar;
2. A ruína de alguém;
3. Joshua Templeman.

Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.


O que eu achei:

Um dos melhores livros de comédia romântica que já li na minha vida. Tenho nem palavras, só posso dizer que esse livro roubou meu sono e me fez ficar na cama o dia todinho dando gargalhadas, suspiros e sorrisos. Esse livro é uma excelente terapia, faz bem para o coração, recarrega as energias, um verdadeiro achado (achei dando sopa numa feirinha por dez reais).

Jamais conseguirei me libertar desse sentimento. O amor certamente é azul-claro.

E pelo título vocês já devem ter imaginado que toda a história gira em torno do clichê romântico que mais amamos: mocinhos começam a trama se odiando e terminam descobrindo que se amam e que não podem viver um sem o outro. Ohhh, Amo a síndrome de Lizzie e Darcy, vocês não? Embora eu me sinta na obrigação de dar a vocês um pequenino spoiler: o Josh SEMPRE foi apaixonado pela Lucy. Dá pra gente sacar isso conforme os capítulos vão passando, ou melhor dizendo, todo mundo da trama percebe o amor dele por ela, menos a nossa mocinha maluquinha, competitiva e encrenqueira! E tipo, como ela é a narradora, a gente só tem a versão doida dela dos fatos, kk.

Na privacidade da minha mente, converso comigo mesma.
Você ama esse cara. Você o ama. Sempre amou. Mais do que o odiava. Todos os dias, olhou para esse homem, conhece cada cor, expressão e nuance. Todos os jogos dos quais participou foram para estabelecer contato com ele. Conversar com ele, sentir os olhos dele apontados em sua direção. Tentar fazê-lo perceber a sua existência.

Escrita divertida e perspicaz, cenas de beijos lindas, desfecho surpreendente e delicioso (QUERIA MUITO MAIS!!!). Sério, cheguei aos capítulos finais surtando de amor por esses dois. O Josh era tão, tão fofo! E o jeitão reservado e tímido dele só o deixavam mais charmoso. Adorava seus ataques de ciúme secreto (hehe) e, sobretudo quando ele a chamava de moranguinho (Ohhhh). E a Lucy era uma festa em forma de pessoa, um docinho com todos à sua volta (menos com seu concorrente, é claro, mas ele também era um pé no saco com ela no começo). Adorava o jogo de encarar, a mania por empate que ela tinha e as provocações... E claro, o amadurecer dos personagens é lindo. Conhecer o que eles escondem por baixo das armaduras é muito bacana.

Quantas oportunidades mais terei? A vida começou a parecer uma grande chance de transformar cada momento em uma memória.

Acho que as minhas cenas favoritas são a de quando eles se beijam pela primeira vez (Ah, a cena do elevador vai ficar registrada na minha memória por muito tempo! Reli três vezes essa parte, rs), a cena de quando ela o defende como uma leoa e faz o pai esnobe dele calar a boca (épica, linda e emocionante) e a cena do final, é claro, quando eles finalmente dizem as palavras mágicas... (Eu mal terminei a leitura e já quero começar a reler).

Um milagre aconteceu. Não sei quando, mas agora sei que aconteceu. Joshua Templeman não me odeia. Nem um pouco. Não tem como me odiar se me beija desse jeito.

Bem, pelo o que eu já disse até agora, é óbvio que esse livro é um cinco estrelas, mas só uma observação que deixo: tive certa dificuldade para acompanhar os diálogos porque eram só os travessões e as falas, mais ou menos assim: "— Ontem você chegou tarde. / — E daí? / — Nada. Só comentei. / Sentaram-se calados e começaram a trabalhar." (???) Sem indicações de quem estava falando o quê, faltaram coisas do tipo: ele(a) disse, fulano falou... Em algumas partes fiquei perdida e recorri à contagem de falas ou ao meu poder de dedução. E também encontrei uns errinhos de digitação aqui e ali, que acabaram passando despercebidos... Mas faz parte. Bem, termino esse post reafirmando que o amor é a coisa mais maravilhosa que existe. Amo escritoras que nos fazem acreditar mais nas coisas boas da vida. Meu conselho é: se sua vida está um tédio, vá ler um livro (comece com esse - hehe). Beijinhos e au revoir

O casamento é um dos ritos mais antigos da civilização, eu acho. Todo mundo quer encontrar alguém que o ame o suficiente para usar uma aliança de ouro. Sabe, para mostrar para o mundo que seu coração está tomado.

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